Comitê da Copa se preocupa com greves e invasão de gramados

Ricardo Trade chega para eleições na CBF Foto: Daniel Ramalho / Terra

Ricardo Trade chega para eleições na CBF

O Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo está preocupado com as greves que possam explodir pelo País no período do torneio. O CEO do comitê, Ricardo Trade, afirmou na chegada para eleição da CBF, nesta quarta, no Rio de Janeiro, que é comum em grandes eventos a mobilização de grupos.  

"Faz parte. É assim em todo grande evento internacional. Na África foi assim, em Londres foi assim... É o momento das pessoas reivindicarem o melhor. É democrático, desde que não afete o atendimento. Mas isso não nos compete, e sim ao Governo", afirmou.

Outra preocupação para o COL passou a ser a possibilidade de invasão dos gramados. No domingo, no Maracanã, durante a decisão do Estadual entre Vasco e Flamengo, um torcedor invadiu o campo e foi quase até o centro do gramado até ser detido pela segurança.

"Não acompanhei, mas nosso departamento de segurança está avaliando. Acho que isso foi um ganho que tivemos com os novos estádio, que é a proximidade do torcedor e muitos achavam que seria um absurdo e não foi assim. Mas temos que trabalhar para que isso não aconteça", comentou.

Sobre a entrega do estádio do Corinthians com obras inacabadas, Trade contemporizou e disse que o está inacabado são as obras da arquibancada provisória. "A gente sabia que seria entregue depois e não há nada que nos preocupe", afirmou, dizendo que na próxima semana há uma visita programada com Jerome Valcke.

Após jogo-teste entre Corinthians e Figueirense no dia 17 ou 18 de maio, e a partir do dia 20 de maio, o arena em Itaquera passa a ser exclusiva da Fifa, mas segue aberta para acertos finais, acabamentos de obras e estruturas para TV e para cerimônia de abertura.

A menos de dois meses do Mundial e do começo da chegada das seleções, Trade disse que nenhum dos centros de treinamento o preocupam. "Temos que ter o discurso de confiança. E confiamos em tudo o que foi prometido", disse.

"Em teoria já não há mais tempo para que as seleções troquem de local de treinamento, mas os casos vão ser avaliados", disse, citando quem em Recife o caminho para um dos CTs, que deu problemas à seleção da Uruguai na Copa das Confederações, já foi solucionado.

Ricardo Trade citou como exemplo o encontro com o prefeito de Cuiabá, que disse a ele e a Jerome Valcke que, se não fosse o Mundial, a cidade jamais receberia a quantidade de obras que recebeu nos últimos tempos. "Estamos deixando algo importante para o país. Vão ser 1000 pessoas trabalhando para nós e mais de 30 mil em todo o Brasil em outras áreas", afirmou.

O comitê a partir de agora vai atacar as instalações de equipamentos de TV em todos os estádios e a ligação do sinal com o centro de mídia no Rio de Janeiro. "Metade da população do mundo vê uma final da Copa e nada pode dar errado". Ricardo Trade disse que todo evento tem problemas pontuais. "Mas vamos entregar uma belíssima Copa do Mundo".

Terra

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