Aidar critica atitude do Palmeiras: ano após ano se apequena

Aidar criticou duramente Paulo Nobre, mas ainda acredita que pode ter contato amigável com ele

O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, rebateu duramente as críticas feitas pelo palmeirense Paulo Nobre sobre uma suposta falta de ética do time tricolor na negociação para contratar o atacante Alan Kardec. Além de chamar o dirigente alviverde de juvenil e dizer que o "choro é livre", o são-paulino falou em tom de lamentação sobre o "atual tamanho" da equipe palestrina, que segundo ele vem se apequenando.

"Queria dizer que a manifestação do presidente Paulo Nobre chega a ser patética. Demonstra infelizmente o atual tamanho da Sociedade Esportiva Palmeiras, que ano após ano se apequena com manifestações desta natureza. O São Paulo há algumas temporadas perdeu vários atletas, como Dagoberto, Oscar, Cafu e Antônio Carlos, e não ficou chorando pelos cantos. Faz parte da regra do jogo, o São Paulo agiu absolutamente dentro da legislação esportiva", disse Aidar.

Apesar das declarações sobre o Palmeiras – Aidar chegou a lembrar que Antônio Carlos e Cafu foram tirados do São Paulo por José Carlos Brunoro, executivo alviverde, nos anos 90 –, o presidente tricolor afirmou que não acredita em um estremecimento da relação entre os clubes. Para o são-paulino, a atuação do clube no caso Alan Kardec foi natural, e o Palmeiras mostrará novamente "pequenez" se mantiver rancor com o clube do Morumbi.

"Sei que outros clubes tentaram contratar esse atleta (Kardec), já li isso. O fato é que o São Paulo foi mais hábil, só isso. Se perder um atleta para um concorrente estremece relação, mostra de novo a pequenez da atitude. Porque se amanhã o Palmeiras vier tirar um atleta nosso aqui, não vamos nos desfazer da relação. A relação nossa fica, os clubes são maiores, somos todos passageiros. O Palmeiras é muito maior que cada um dos seus dirigentes. Isso não deverá interferir, mas se interferir, paciência, não tem o que fazer".

O vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, também descartou um corte de relações com o Palmeiras por conta da negociação de Kardec. Se Aidar disse que mal conhece Nobre – apenas apertou a mão do palmeirense na festa de encerramento do Campeonato Paulista –, Guerreiro, por sua vez, lembrou de amizades pessoais com ex-dirigentes alviverdes, Gilberto Cipullo e Luiz Gonzaga Belluzzo, contrariando a afirmação de Nobre de que a relação entre os clubes é péssima "desde os anos 40".

"Nosso relacionamento sempre foi muito bom no Palmeiras, tenho dois amigos lá, o Cipullo e o Belluzzo, que são amigos pessoais. Existe relacionamento muito bom e pretendo que continue. Repetindo as palavras do presidente, tirar jogador do clube dentro dos seis meses (antes de acabar o contrato) é coisa comum, não podemos fazer disso um caos. É corriqueiro no futebol", disse o vice-presidente.

Terra

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