Xabier Azkargorta se incomodou com dois lances no segundo tempo
Estreando como técnico do Bolívar, o espanhol Xabier Azkargorta estava feliz ao final da partida contra o Flamengo devido ao resultado de 2 a 2. Elogiando bastante sua estada no Rio de Janeiro e a oportunidade de voltar ao emblemático Maracanã, onde disse que já esteve como espectador, ele só lamentou a falta de fair play do time rubro-negro.
"Já estive aqui no Maracanã como espectador. Como treinador, foi minha primeira vez. Em 1993, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, eu era o técnico da Bolívia, e o Brasil perdeu o primeiro jogo contra a gente em La Paz. Queríamos muito que a partida de volta fosse no Maracanã, mas fomos jogar no Recife. A minha estreia como técnico do Bolívar foi aqui no Maracanã. Mas eu queria aproveitar para falar também sobre a falta de fair play do Flamengo", disse Azkargorta, já emendando as críticas ao time rubro-negro.
"Desde que chegamos ao Brasil fomos bem tratados por todos: pela polícia, pessoas no hotel, aqui no estádio, imprensa... Tudo foi bonito e bacana, uma linda festa da torcida, mas terei que levar daqui algo que me incomodou muito: a falta de fair play dos jogadores do Flamengo em dois lances. Não tem como gostar de uma atitude assim", lamentou o técnico do time boliviano.
Os lances aconteceram no segundo tempo. Após jogadores de ambos os times sentirem uma contusão, o time boliviano colocou a bola para fora. Ao cobrar o lateral, o Flamengo não devolveu a jogada e ainda partiu para o contra-ataque. Já no segundo lance, com o apoio da torcida rubro-negra, que aplaudiu a falta de fair play, a cena se repetiu, o que deixou o técnico do Bolívar bastante decepcionado.
Enquanto Azkargorta reclamava da postura do clube brasileiro, o técnico do Flamengo, Jayme de Almeida, criticava a arbitragem da partida. O treinador rubro-negro classificou a atuação do juiz chileno, Enrique Osses, como um "samba do crioulo doido".
"Estava comentando no vestiário. Ele não tem critério algum. Deixa de marcar cinco faltas iguais para na sexta marcar. Vira um samba do crioulo doido. Não só para o Flamengo, mas para o adversário também. O Flamengo sentiu esse tipo de arbitragem, de deixar correr, catimbar, que faz parte da Libertadores. O primeiro gol foi assim. Bobeamos, achando que ele marcaria falta e saiu o gol. Serve de lição", disse Jayme.
Terra
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