Sindicato suspende paralisação no Paulista, mas mantém estado de greve


Torcedores invadem o campo do CT Joaquim Grava, em São Paulo, para protestar contra os jogadores do Corinthians

O presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo (SAPESP), Rinaldo Martorelli, anunciou nesta sexta-feira que não haverá paralisação no Campeonato Paulista na rodada do fim de semana, mas o estado de greve está mantido após a invasão do centro de treinamento do Corinthians no último sábado.

"Temos mais uma ou duas semanas para fechar algumas questões. Estamos em alerta, mantemos estado de alerta. Suspende a paralisação nesta rodada, mas pode parar caso não sejam respeitados os nossos pedidos por segurança", afirmou. 

O presidente da entidade falou sobre a desistência nos planos de parar o estadual durante uma entrevista coletiva que não contou com a presença do zagueiro Paulo André, líder do Bom Senso FC. Martorelli minimizou o fato. 

"Paulo André achou melhor não participar. A representação é do sindicato e aqui estamos em nome dele e de todos os outros jogadores", disse. 

O sindicalista adiantou que houve contato com os 20 clubes que disputam o Campeonato Paulista e que todos apoiaram o movimento, mas os próprios jogadores decidiram não colocar em prática a paralisação. 

"Mobilizamos todas as 20 equipes participantes do Campeonato Paulista que nos deram 100% de seu apoio, mas o quadro é deliberado pela categoria, o sindicato instrumentaliza e quem faz a ação é a categoria, e ela resolveu suspender a paralisação. Porém, resolveu manter o estado de greve", explicou o dirigente. 

Martorelli revelou ter tido conversas durante a semana com o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, e com os comandos da Polícia Militar e da Polícia Civil para pedir mais segurança aos jogadores após a invasão do Centro de Treinamentos do Corinthians no último sábado.

"A gente foi pedir a pronta resposta no caso de reincidência de um vento horroroso como ocorreu no sábado. O secretário parou toda a agenda dele para nos atender. E hoje nós temos o aparelho de estado inteiramente à disposição da nossa categoria, um fato inédito no futebol nesse país", afirmou o presidente da entidade de classe.

Martorelli adiantou que a greve pode voltar a tomar forma caso não seja colocado em prática o discurso das autoridades. "Não houve dificuldade de adesão. Não paramos agora porque houve avanço grande. O secretário de segurança garantiu tudo o que pedimos. Vamos esperar essas garantias serem cumpridas", finalizou. 

UOL Esporte

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