Passagem de Pato pelo Corinthians durou pouco mais de um ano, mesmo período de Jadson no SP
A troca entre São Paulo e Corinthians, envolvendo a ida de Alexandre Pato para o clube do Morumbi e Jadson para o time alvinegro está quase selada. Nesta quarta, os presidentes das duas equipes, Mário Gobbi e Juvenal Juvêncio assinaram a transação. Agora, só faltam os jogadores firmarem o compromisso, o que deve ocorrer nesta quinta. .
Dessa forma, Pato chegará ao São Paulo por empréstimo até o fim de 2015. Jadson, por sua vez, rescindirá com o clube do Morumbi para assinar com o Corinthians de forma definitiva. Oficialmente, porém, o discurso ainda é cauteloso.
"Faltam alguns detalhes. Está bem avançado, mas não fechou. Amanhã [quinta] a gente anuncia tudo para vocês", disse Ronaldo Ximenes, diretor de futebol do clube do Parque São Jorge.
O Corinthians pagará cerca de metade do salário de Pato, que era de R$ 800 mil, contando direitos de imagem e salário em carteira. Mesmo assim, o clube se gaba de ter economizado R$ 150 mil mensais ao somar o valor que seguirá gastando com o ex-milanista e com o novo reforço.
Além disso, o clube do Parque São Jorge está liberado para vender Pato a qualquer momento, sem precisar de autorização do São Paulo. A comissão técnica tricolor também não poderá escalar o jogador contra o Corinthians, respeitando uma das maiores exigências da negociação. "Isso eu posso te garantir. Enquanto estiver emprestado, ele não poderá nos enfrentar", disse Ronaldo Ximenes, diretor de futebol alvinegro.
Quando o período do acordo terminar, Pato ainda terá mais um ano de contrato com o time do Parque São Jorge. De acordo com o presidente alvinegro, Mário Gobbi, não existe chance de o São Paulo obter o jogador de graça. A única possibilidade de contar com o atleta de forma definitiva é pagando 15 milhões de euros, valor que o próprio Corinthians desembolsou ao trazê-lo da Itália.
A negociação relâmpago começou na segunda-feira e foi selada rapidamente. No início da noite, quando a informação vazou, representantes dos dois times admitiram o interesse, mas negaram qualquer acerto entre as partes. A confirmação veio apenas no começo desta quinta-feira, quando Gobbi e Juvenal selaram a transferência. Em conversa com jornalistas no Pacaembu, antes da derrota do Corinthians para o Bragantino pelo Paulista, já falava sobre Pato em tom de despedida. Para o dirigente, a passagem do atacante pelo Parque São Jorge não foi uma decepção.
"Por que não deu certo no Corinthians? Poxa vida, é porque o futebol tem essas nuances, esses mistérios. É difícil. Pode ser que ele dê certo. Calma, pode ser que ele dê certo. O Pato tem aqui todo o respeito, o respaldo e o espaço para o ficar. Vamos ver o que é bom para o clube. Pato é um grande jogador, não foi uma decepção de jeito nenhum. Ele é um craque. Eventualmente, acontecendo a hipótese de ele se envolver em uma permuta, é temporário porque ele tem contrato até 2016, o Corinthians investiu milhões de euros por ele. O Pato é patrimônio do clube", analisou.
O presidente do Corinthians aproveitou para negar que a decisão de negociar o jogador aconteceu por conta da invasão de torcedores no último sábado.
"As decisões sobre vinda e saída de jogador não se baseiam em manifestações de torcida, se baseiam em decisões da equipe técnica e pelo interesse da proposta. O torcedor é um passional, se você marca um ou dois gols você já vira ídolo da torcida, então isso não é considerado", disse.
Após a derrota do Corinthians para o Bragantino pelo Paulista, o técnico Mano Menezes elogiou o novo reforço do time. Para o treinador, Jadson deve cobrir uma posição carente na equipe: a armação das jogadas.
"Questão de Pato e Jadson, se abriu essa possibilidade, nós entendemos que em função das circunstâncias é algo que pode ser positivo para a gente. A chegada do Jadson dá uma opção de armação de equipe que precisávamos fazer. Provavelmente, Pato também entendeu dessa maneira. E o São Paulo com quem fazemos a negociação também deve ter entendido dessa forma. Todas as partes, em função de todas essas circunstâncias, todo mundo entendeu que seria algo positivo para fazer as coisas melhorarem para todos. É dessa maneira que estamos encarando", disse o técnico, em entrevista coletiva no Pacaembu.
UOL Esporte
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