Conmebol abre investigação sobre caso de racismo contra Tinga

A Conmebol, entidade que comanda o futebol sul-americano, anunciou nesta sexta-feira em seu site oficial que abriu uma "investigação preliminar" sobre o caso de racismo contra o meio-campista Tinga, do Cruzeiro, que ouvia imitações de macaco dos torcedores a cada vez que pegava na bola durante a derrota por 2 a 1 para o Real Garcilaso, na última quarta-feira, no Peru.

Segundo o texto divulgado pela confederação, "o clube brasileiro (Cruzeiro) reclama que na partida disputada em 12 de fevereiro contra o Real Atlético Garcilaso do Peru, torcedores do clube local mostraram uma conduta racista contra seu jogador". A Conmebol diz que a aplicação do Regulamento Disciplinar da entidade pode resultar em punição ao Garcilaso, mas sem especificar qual a sanção.

O artigo 12 do documento, prevê, de cara, uma multa de US$ 3 mil (cerca de R$ 7 mil) ao clube cuja torcida fizer manifestações racistas. Além da punição no bolso, a Conmebol pode aplicar outras penas, como "jogar um ou mais jogos de portões fechados", "proibição de jogar uma partida em um estádio determinado", "concessão da vitória do encontro pelo resultado que se considere", "perda dos pontos" e até "desclassificação da competição". A entidade, contudo, é conhecida por aplicar punições brandas a clubes infratores.

Terra

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