Visitantes precisam de paciência para alcançar loja olímpica
O visitante que vai à Olimpíada de Inverno de 2014, em Sochi (Rússia), quase sempre quer voltar de uma competição com uma lembrança – um chaveiro, uma camiseta, um boné. No Parque Olímpico localizado na região litorânea da cidade, a opção é a Loja Olímpica, uma espécie de megastore oficial do evento.
A loja, no entanto, conta com um problema: a fila de entrada, que dura cerca de 1h30. Além de demorada, a fila em questão é um tanto quanto desorganizada, a ponto de voluntários tentarem organizar uma espécie de “fila para quem vai pegar a fila”. Somem-se a isso os visitantes que “encontram” amigos em posições favoráveis e entram no meio.
Ainda assim, é incomum ver russos reclamando da longa espera – o Terra encarou a maratona e viu apenas duas manifestações em tom de cobrança com os voluntários. Enquanto isso, turistas canadenses e americanos conversavam amigavelmente sobre a final feminina do hóquei no gelo, Canadá 3 x 2 Estados Unidos.
Na dianteira da fila, um segurança com cara de poucos amigos controla a entrada do público em pequenos “lotes”. Entre um lote e outro, é comum que se espere até 40 minutos, enquanto as portas ficam trancadas. Só depois que um grupo deixa a loja é que outro pode entrar para fazer suas compras.
Enfim dentro, o visitante se depara com produtos que encontra em diversas outras lojas oficiais pela cidade, mas com a vantagem de haver uma disponibilidade maior de itens. Ao invés de ter que procurar por agasalhos em uma loja, camisetas em outra, ursinhos em uma terceira e canecas em uma quarta, é possível comprar tudo ali de uma vez só. Há inclusive carrinhos e cestinhas para quem “perde a linha” na hora da compra.
Os preços... Bem, não são exatamente vantajosos. Um fino casaco impermeável com o tema dos Jogos Olímpicos de 2014 saía por 3,2 mil rublos (cerca de R$ 210), enquanto uma camisa polo era vendida por 2 mil rublos (mais de R$ 130). Uma caneca infantil custava 460 rublos (R$ 30), ao passo que uma xícara de vidro valia 190 rublos (R$ 12,50). Para um turista brasileiro, a sensação será de “Black Friday olímpica”.
No caixa, atendentes que falam russo e inglês aceitam dinheiro e cartão de crédito – mas apenas de uma bandeira, parceira do Comitê Olímpico Internacional. A reportagem acompanhou uma canadense que se empolgou com os pins e escolheu diversas bandeiras, sem nem saber a quais países pertenciam. “De que país é este?”, perguntou. “Ucrânia”, respondeu a atendente. “Este aqui é da Rússia, certo?”, continuou. “Sim”, completou a balconista.
Entre entrar, escolher presentes, pagar e sair, o turista com poucas compras leva em média 20 minutos. Já do lado de fora, dá de cara de novo com a fila, que praticamente contorna a loja perto do Iceberg Skating Palace, cheia de visitantes prontos para encarar 90 minutos de espera. Definitivamente, as unidades da Loja Olímpica não são para principiantes.
Terra
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!