Mesmo após ver o 'tapetão' em conjunto com Vasco, Coritiba e Internacional falhar na última segunda-feira, o Fluminense cogita lutar nos bastidores do Campeonato Brasileiro nos próximos dias. O clube ainda estuda o caso do meia do Cruzeiro Júlio Baptista, que provocou polêmica ao falar para o zagueiro do Vasco Cris marcar mais um gol durante a vitória do Cruzmaltino por 2 a 1 sobre os mineiros, no último sábado.
O pedido do jogador cruzeirense gerou suspeita de favorecimento ao Vasco, rival do Fluminense na luta contra a degola, uma vez que a equipe de Belo Horizonte entrou em campo na 36ª rodada já com o título brasileiro garantido. Além do Fluminense, outros clubes se mostraram dispostos a participar de movimentação contra o Cruzmaltino e o time mineiro, como Portuguesa, Criciúma, Bahia e Coritiba.
O departamento jurídico do Fluminense esteve reunido durante grande parte desta segunda-feira analisando, entre outros assuntos, o caso de Júlio Baptista. Enquanto uma tentativa de tirar pontos de Portuguesa, Criciúma e Ponte Preta - que supostamente teriam extrapolado o número de jogadores transferidos durante a competição foi descartada -, uma queixa contra o meia, o Cruzeiro e o Vasco ainda é uma possibilidade real.
No último domingo, antes da derrota por 1 a 0 para o Santos, em Presidente Prudente-SP, o presidente do Fluminense Peter Siemsen admitiu a possibilidade da participação do Tricolor em uma ação conjunta contra Cruzeiro e Vasco. O time das Laranjeiras estuda a pertinência jurídica do caso, que, por enquanto, conta como único indício o vídeo da partida.
"Não temos uma posição oficial, estamos pensando. Mas vamos avaliar tudo e nos posicionar oficialmente. Queremos um campeonato de total lisura e qualquer coisa que fuja disso não estamos de acordo", disse Peter ao SporTV, na ocasião.
O Fluminense, portanto, mantém em aberto a possiblidade de atuar nos bastidores do Campeonato Brasileiro após desistir de tentar tirar pontos de Ponte Preta, Portuguesa e Criciúma. O Tricolor chegou a analisar súmulas e o regulamento da competição para saber se teria chances de vitória no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). A dificuldade da ação, no entanto, desanimou os dirigentes.
"Checamos a questão e logo concluímos que não havia nenhuma irregularidade. As informações iniciais não se confirmaram, o entendimento é que o regulamento não foi descumprido", disse o advogado do Fluminense, Mário Bittencourt.
Pesou contra o envolvimento do Fluminense na movimentação também a mancha que ficaria na reputação tricolor por conta de uma nova 'virada de mesa'. Os clubes envolvidos na trama foram vítimas de piadas e fortes críticas em redes sociais após o plano se tornar público. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) também negou a possibilidade, o que enfraqueceu o grupo.
Assim como o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, Peter Siemsen só foi informado da possibilidade de 'virada de mesa' em um momento posterior do processo. O departamento jurídico do Tricolor foi acionado por advogados do Cruzmaltino, que também acabou por desistir da ideia. O clube idealizador da movimentação, o Coritiba, também descartou o plano no começo da noite de segunda-feira.
O Fluminense é o atual 16º colocado do Campeonato Brasileiro, com 42 pontos. O time é o primeiro time fora da zona de rebaixamento apenas por ter uma vitória a mais que o Coritiba, que tem a mesma pontuação. O próprio técnico Dorival Junior mostrou preocupação com a atual situação da equipe em campo na derrota para o Santos, no último domingo.
"Nossa atitude foi bem abaixo do normal. E isso preocupa para os dois últimos jogos. Trabalhamos na semana para não passar por momentos como esse. Vimos só um time jogar, nos comportamos de maneira apática. Mas o Fluminense tem que ter força para sair dessa situação", disse Dorival, mostrando preocupação.
UOL Esporte
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