Gilson Kleina deve definir futuro nesta segunda-feira.
Um mês após o Palmeiras garantir o retorno para a elite nacional, a novela sobre o futuro de Gilson Kleina chegou ao fim na noite desta terça-feira. Após mais de sete horas de reunião, o treinador aceitou a renovação de contrato, acertou contrato válido por uma temporada e será o responsável por comandar a equipe no ano do centenário do clube.
Gilson Kleina chegou à Academia de Futebol decidido a recusar a proposta e a anunciar a sua decisão publicamente. O presidente Paulo Nobre foi convencido por seus aliados de que dificilmente o clube conseguirá encontrar bons nomes pelos valores que estavam sendo oferecidos a Kleina e que talvez fosse melhor mantê-lo.
Por isso, o cartola cedeu e fez uma nova proposta. Gilson Kleina receberia R$ 210 mil e os valores de bonificação seriam maiores do que os oferecidos inicialmente, o que faria seus rendimentos superarem com sobras os atuais R$ 300 mil por mês, proposta que ficou de acordo com o que o treinador imaginava. Anteriormente, ele havia recusado uma proposta de R$ 180 mil por mês, mais bonificação, por entender que feria seu orgulho.
Ele acredita que merecia maior valorização, já que conquistou o objetivo que lhe foi dado - o acesso para a Série A - sem sustos e ainda deixou algum legado, como a recuperação de Valdivia, a valorização de vários atletas e a união do elenco, que pediu sua permanência diversas vezes. Apesar de tudo isso, o treinador cobrava ter segurança no trabalho, ou seja, uma alta multa e a garantia de um time competitivo para brigar por títulos e, assim, atingir os objetivos que aumentariam seu salário.
Durante a reunião, Paulo Nobre conseguiu convencer que vai montar um time forte para a próxima temporada, mesmo apostando na política de cortar gastos e oferecer contrato de produtividade também para os reforços.
A relação entre o treinador e a diretoria começou a se desgastar quando Paulo Nobre disse, logo após a garantia do acesso, que iria chamar Gilson Kleina para conversar sobre a renovação e, ao invés disso, mandou o diretor executivo José Carlos Brunoro à Argentina atrás de Marcelo Bielsa. Sem sucesso com o badalado argentino, ele mudou de postura e colocou Kleina como prioridade no futebol brasileiro.
O treinador ficou chateado por ter a convicção de que outros profissionais foram procurados e, sem sucesso nas negociações, a diretoria teve de correr atrás dele. Brunoro e o gerente de futebol, Omar Feitosa, defendem sua permanência por causa do bom relacionamento com o grupo e por entenderem que, dentro do que o clube pode pagar, não existem opções muito melhores.
COMEÇA 2014 - Com a renovação de Gilson Kleina, a diretoria corre para recuperar o tempo perdido e conseguir o quanto antes anunciar os primeiros reforços. Nesta terça já foi falado do assunto durante a longa reunião e a tendência é que nos próximos dias o clube já consiga acertar com os primeiros nomes para o centenário. Paralelamente, precisa definir a situação dos 13 jogadores que tem contrato até dezembro.
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