Uma briga entre torcedores do São Paulo e a Polícia Militar marcou o intervalo do clássico neste domingo contra o Corinthians no estádio do Morumbi. A confusão começou depois que alguns são-paulinos tentaram passar pelo cordão de isolamento feito pelos policiais, o que deu início à confusão.
Responsável por encaminhar denúncias ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo Schmitt afirmou na manhã desta segunda-feira ao Terra que São Paulo, Cruzeiro e ainda o Atlético-MG deverão ir a julgamento por episódios em suas partidas no domingo pelo Campeonato Brasileiro. Com a confirmação das denúncias, os clubes devem ser julgados ainda em outubro.
Na capital paulista, torcedores do São Paulo trocaram agressões com policiais militares durante o intervalo do jogo contra o Corinthians no Estádio do Morumbi. Já em Belo Horizonte, com mando do Atlético-MG no Independência, cruzeirenses também tiveram atritos com PMs, o que pode prejudicar os dois clubes, segundo Schimitt.
"No clássico mineiro, embora o Cruzeiro parecia ter mais responsabilidade, o Atlético deve ser denunciado também. O código determina que, mesmo que haja infração do visitante, o mandante seja denunciado", explicou o procurador geral. "No caso de São Paulo, provavelmente só o São Paulo deva ser responsabilizado pelo distúrbio", acrescentou Schimitt.
Ele fará a análise das imagens dos dois jogos para encaminhar a denúncia. "Não sei precisar a data, mas os clubes todos devem ser denunciados até o fim de semana. Na sequência disso, o STJD fará o julgamento em primeira instância, provavelmente na semana seguinte", informou.
Por episódio semelhante que ocorreu em Brasília, Corinthians e Vasco foram punidos com a perda de quatro mandos a serem exercidos com distância superior a 100 km de suas respectivas cidades. Na ocasião, a partida era de responsabilidade dos vascaínos e teve brigas entre torcedores dos dois clubes nas arquibancadas.
Schmitt foi alvo de ironias do presidente corintiano Mário Gobbi depois do clássico no Morumbi, mas preferiu não se posicionar. "Não vou dizer nada sobre isso. Ele que se preocupe em conter a violência de sua torcida e nós nos preocupamos com a ordem no futebol", afirmou o procurador geral.
Gobbi havia dito: "Quero saber se vão abrir um processo pela briga que teve aqui. Ninguém fala nada dos outros, ninguém faz nada, é a casa da mãe Joana. Esse Paulo Schmidt está demais, vou contratá-lo para trabalhar com a gente".
Terra
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