O presidente interino da APO (Autoridade Pública Olímpica), Elcione Macedo, garante que a Olimpíada de 2016, no Rio, não repetirá o estouro de gastos testemunhado no Pan do Rio-2007.
O orçamento da competição continental partiu de um custo estimado de R$ 410 milhões em 2002, mas atingiu o valor de R$ 3,7 bilhões.
"Não acontecerá, por exemplo, de algo orçado em R$ 100 milhões acabar em R$ 500 milhões", afirmou Macedo.
A declaração do presidente da APO, criada com a função de coordenar as ações públicas nas esferas federal, estadual e municipal, ocorre após o Tribunal de Contas de União manifestar preocupação com o pouco dinheiro colocado nas obras dos Jogos.
O principal motivo para o encarecimento do Pan-2007 foi a urgência em concluir instalações atrasadas. "A utilização de dinheiro nas obras foi pequeno até agora porque não chegou a hora de desembolsá-lo", diz Macedo.
O TCU também cobrou a matriz de responsabilidade, que explicita os valores das obras e quem são os responsáveis por elas. No Pan, que não teve a matriz, o governo federal arcou com gastos previstos para outras esferas.
Segundo o dirigente, antes de ser produzida a matriz, é preciso estar pronta uma carteira de projetos, que detalha quais são planos de cada esfera. Macedo diz esperar apenas documentos do governo federal.
"O governo deve enviar em breve. Então as diferentes esferas verificarão se os projetos conversam entre si."
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu o planejamento das obras. "Construir a matriz de responsabilidade não é simplesmente reunir e determinar o que é a matriz. Temos que ter muito critério."
Folha de S.Paulo
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