Corinthians tem a 2ª pior média de gols da sua história

Tite gesticula durante jogo entre Corinthians e Grêmio no Pacaembu


Ao empatar com o Grêmio por 0 a 0, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, o Corinthians chegou à marca de sete jogos e apenas um gol marcado.

Essa sequência do time de Tite é a segunda pior da história do clube paulista.

A equipe atual só não tem média de gols pior do que a de 1987, que passou sete jogos sem anotar um gol sequer durante o Paulista.

Curiosamente, esse time de 1987 quase conseguiu dar a volta por cima. Após acabar o primeiro turno do Estadual na vice-lanterna, o clube alvinegro ganhou 13 dos 19 jogos do 2º turno e disputou a final contra o São Paulo, em que foi derrotado.

Ao longo da sua história de 103 anos, o Corinthians teve outros momentos graves de estiagem. Em 1988, 1990, 1997 e 2006, os alvinegros tiveram sequências de sete partidas com apenas dois gols.

Em 1988, a sequência ruim do time ocorreu nos meses de setembro e outubro, durante o Brasileiro, na ressaca da conquista do Campeonato Paulista, meses antes.

O mesmo aconteceu em 1997. Após ganhar o Estadual, o clube remodelou sua equipe para o Brasileiro. Com jogadores chegando ao time durante a disputa, ficou apenas em 17º lugar.

Em 1990, apesar da sequência ruim, o time também teve uma conquista importante. O final ruim no Paulista e o início irregular no Brasileiro não impediram a equipe de conquistar o título nacional ao fim daquele ano -- o primeiro dos cinco já conquistados pelo clube.

Em 2006, a péssima sequência deu ao Corinthians o nono lugar no Brasileiro.

Parte da atual incapacidade corintiana de marcar gols tem a ver com a baixa quantidade de tentativas.

Contra o Grêmio, os jogadores arriscaram apenas nove finalizações.

No Campeonato Brasileiro, o time tem média de 10,8 chutes por jogo, ficando à frente apenas de Ponte Preta e Grêmio nesse quesito. Com 20 gols, o Corinthians só está à frente do lanterna Náutico, que marcou dez.

A maior contratação do time no ano foi para o ataque. Por R$ 40 milhões, o clube tirou Alexandre Pato do Milan-ITA. Hoje, mesmo na seleção brasileira, o jogador é reserva no time do técnico Tite.

Folha de S.Paulo

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