O técnico Paulo Autuori ainda não venceu desde que retornou ao São Paulo. Depois de ter sofrido sua terceira derrota consecutiva no comando do Tricolor, o treinador considerou natural o protesto da torcida contra o elenco e a diretoria.
"Costumo dizer que nossa vida está entre vitórias e derrotas, alegria e tristeza, sim e não. Temos de estar preparados para tudo. O protesto acontece, e não podemos ficar chateados com isso. É perfeitamente normal, desde que seja pacífico. Não temos argumento nenhum para falar e não podemos ficar magoados, porque a descrença e a falta de confiança vêm por tudo que deixamos de fazer", afirmou.
As manifestações foram bem divididas no Morumbi. Antes do jogo, um grupo de cerca de 50 pessoas, sem ligações com as organizadas, criticou o presidente Juvenal Juvêncio e poupou o elenco de insultos.Já depois da derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, as uniformizadas encabeçaram as manifestações e se voltaram contra o elenco, ignorando os erros da diretoria. Até o candidato da oposição, Marco Aurélio Cunha, foi xingado neste segundo ato.
Paulo Autuori parece ainda ter crédito por sua primeira passagem pelo Morumbi, já que foi poupado nos dois protestos. Durante os gritos das organizadas, o treinador teve até o nome entoado, assim como Rogério Ceni, mas prefere não ser excluído da responsabilidade.
"Meu nome não merece ser gritado, porque estou junto com o grupo. Agradeço, mas não é o momento para isso. Espero que sejam (gritados) os nomes dos jogadores", ponderou. Apesar de esperar elogios ao time, o treinador explica que o grupo tem de lidar naturalmente com a cobrança.
"Falar em pressão no futebol é a coisa mais comum que existe e quem não suportar não pode estar envolvido nisso. Nós temos de nos pressionar antes de qualquer coisa. Tivemos chance de sair na frente, mas não fizemos", lamentou.
Terra
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