Principal executivo da Formula One Management e um dos homens mais poderosos do automobilismo mundial, o inglês Bernie Ecclestone foi indiciado por promotores alemães, nesta quarta-feira, por suborno na categoria. A acusação ocorreu por conta da negociação da venda de direitos comerciais da categoria a empresa CVC Capital Partners, em 2006, e dá sequência aos depoimentos feitos pelo banqueiro Gerhard Gribkowsky.
Em junho de 2012, Gribkowsky foi condenado a oito anos e meio de prisão por corrupção depois de admitir ser subornado por Ecclestone. Segundo o banqueiro alemão, o dirigente desembolsou 45 milhões de euros (aproximadamente R$ 132,8 milhões) para conseguir algumas garantias na negociação dos direitos comerciais.
A polêmica acontece devido à transação ocorrida em 2006, quando a CVC Capital Partners assumiu comando acionário majoritário da Fórmula 1. Ecclestone teria desembolsado o suborno com intuito de garantir que o banco BayernLB vendesse suas ações a CVC. Além disso, o dirigente também tinha interesse de que o valor divulgado da transferência fosse menor do que o real.
Entretanto, Ecclestone alega que pagou o valor depois de ter sido chantageado por Gribkowsky, que teria ameaçado entregar dados falsos ao fisco britânico e incriminar o executivo do automobilismo. Aos 82 anos, o dirigente pode perder seu cargo na FOM e cumprir pena de dez anos se for sentenciado culpado no caso.
"Meus advogados aceitaram a acusação. Isso significa que eles precisam responder o indiciamento e estão trabalhando incansavelmente para fazer isso", disse Bernie Ecclestone. "Não fiz nada de ilegal", encerrou.
IG Esporte
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