Diego Forlán observa a chuva na janela ao voltar para o hotel após treinar em academia
A cidade do Recife foi a que mais ficou marcada nos últimos dias por problemas estruturais durante a preparação e disputa dos jogos da Copa das Confederações. Em muito, por críticas públicas feitas por uma seleções presentes, a do Uruguai.
O elenco celeste esbravejou pela falta de condições do gramado do estádio do Arruda para receber treinamentos depois das fortes chuvas. E também atacou as longas distâncias e demora para se transportar do hotel, na praia de Boa Viagem, para o estádio e centros de treinamento oficiais.
As reclamações públicas dos uruguaios arranharam a imagem da cidade na competição, admite o secretário de Esportes e Copa do Mundo do Recife, George Braga. Mas ele afirma que foram exageradas e não condizentes com as reais situações.
"Ficamos dois dias sendo criticados, isso é muito ruim. Nós juntos, cidade, estado, Fifa, vamos tomar todas medidas possíveis para fazer funcionar agora alguns dos pontos. Temos que reverter essa imagem que ficou ruim e admitir que temos problemas, mas não no nível que foram postos. Alguns deles existem em todas as grandes cidades. Isso só aconteceu aqui no Recife?", falou em entrevista ao UOL Esporte.
Braga rebateu a reclamação do Uruguai de que não existia local disponível para treinamentos depois que a chuva deixou o campo do Arruda impraticável. Disse que o CT do Sport, também liberado pela Fifa, estava à disposição e em ótimas condições, mas que foi opção da delegação não fazer atividades no local.
Lembrou que a escolha de apenas três lugares (CT do Sport, CT do Náutico e estádio do Arruda) possíveis como sedes de treinamento das seleções para a Copa das Confederações foi uma escolha da Fifa.
"Foi só uma seleção que fez as críticas. Eles reclamaram da distancia do hotel ao centro de treinamento [do Sport], não houve queixas à estrutura do CT. Em relação a gramado, apoio, vestiários, tudo estava de acordo. Fora isso, tivemos problemas de mobilidade que todas cidades têm. Pra percorrer grandes distâncias em grandes cidades do Brasil e do mundo vai encontrar problemas", falou.
"O CT do Sport sempre esteve à disposição, está pronto. Qualquer um pode chegar lá a qualquer momento e treinar. Mas fica a uma distância de 27 km de Boa viagem. O Uruguai gostaria de ter um local mais próximo antes do jogo contra a Espanha. Mais perto de Boa Viagem é a Ilha do Retiro, que não foi aprovado pela Fifa", continuou.
O secretário de Esportes e Copa do Mundo do Recife afirmou que o problema de logística dos times para o estádio e centros de treinamento pode ser corrigido a tempo para a Copa do Mundo por meio de futuras alternativas. Citou, como exemplo, a sugestão de uma faixa exclusiva nos trajetos para veículos credenciados, como foi no Pan de 2007.
Mas disse que para o restante da Copa das Confederações há pouco o que se fazer nesse sentido. Recomenda que a Fifa e os chefes de delegação o procurem para uma conversa em que possam ser debatidas novas logísticas, como treinamentos em horários de menor pico de trânsito para evitar demora.
"São ajustes que nós, governo e Fifa e cada um dos responsáveis vão ter que assumir sua parte. Para agora, estou mais do que à disposição. Eu vou procurar o pessoal da Fifa (para os casos de agora). Vou procurá-los. Fui pessoalmente ver os CTs. Temos que conversar para que possamos sugerir e ajudar na logística."
Braga ainda disse que é provável que seja decretado ponto facultativo no Recife na quarta-feira em função do jogo entre Brasil e México, às 16h, em Fortaleza, pela segunda rodada da Copa das Confederações. "Estamos definindo. Aprovamos uma lei que permite isso pra ponto facultativo. Isso valerá para as repartições publicas. Quando se faz isso, escolas acompanham, e é provável que a gente decrete ponto facultativo."
UOL Esporte
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