Treinador disse que as contas devem ser colocadas em dia em breve
Durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, no Cefan, zona norte do Rio de Janeiro, o técnico Paulo Autuori soltou o verbo e afirmou que o prazo limite para o Vasco da Gama acertar a folha salarial é julho. “O prazo foi dado pela própria diretoria. O problema não é só pagar agora. A questão é que a partir de julho não podem mais existir atrasos nos salários dos profissionais que trabalham no clube. Essa é a meta que a direção deseja cumprir”, disse.
Autuori elogiou o esforço da direção em resolver as finanças do clube cruzmaltino, principalmente os débitos com a Receita Federal - caso consiga as certidões negativas de débito, o clube de São Januário poderá, enfim, assinar contratos de patrocínio e regularizar as contas. Mas o atraso de dois meses de salários dos jogadores e funcionários vem incomodando o treinador. O Vasco ficou de pagar uma parte da dívida com a delegação ainda nesta sexta-feira.
“A primeira coisa que tenho que admitir, se pretendo ser justo, é o trabalho que a direção tem feito para mudar o Vasco. Sou o primeiro a reconhecer isso. Todo mundo sabe que o foco é recuperar a saúde financeira do clube. Mas quero dizer o seguinte: se o Vasco precisa de um treinador preocupado apenas em chegar na hora do treino, dar e ir embora é melhor procurar outro. Eu não sou assim. Quero um clube forte para dignificar a sua rica história. Não vou deixar de falar as coisas. Também não sou treinador que só pede jogador. O principal é melhorar a nossa estrutura. Qualquer coisa diferente disso está completamente fora da minha proposta de trabalho”, falou.
A falta de estrutura para treinar também vem irritando o técnico, que chegou a cancelar o treino desta quinta-feira (27) por causa da quantidade de pessoas no Cefan, aonde o Vasco vem treinando desde que começou a Copa das Confederações.
“Se trabalhássemos ontem, trabalharíamos em uma situação não profissional. Impossível uma equipe que está disputando o Brasileiro desenvolver o trabalho com as condições que tínhamos. O Ricardo (Gomes) falou e eu reforço. Nada contra o Cefan, mas o problema é nosso, é do Vasco. Não adianta falar em grandes nomes se não melhorarmos nossa estrutura. Não há condições de absorvermos grandes nomes com essa estrutura.”
Autuori espera ações por parte da direção, e falou que não é uma pessoa de conversa, mas de atitudes, e preferiu não responder claramente se pretende deixar o comando da equipe caso os problemas não sejam resolvidos.
“O problema não é o "se". Não trabalho com isso e tampouco sou uma pessoa só de papo. O mais importante são as ações. Espero responder com ação e atitude caso aconteça. No momento certo e, se precisar, não vou falar, vou agir”, completou.
Terra
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