Bernie Ecclestone, durante julgamento de Gribkowsky em 2011
Após meses de investigação, a Promotoria Pública de Munique decidiu denunciar o chefão da F1, Bernie Ecclestone, por corrupção e suborno. Ecclestone é acusado de pagar 44 milhões de euros (cerca de R$ 114,5 mi) a Gerhard Gribkowsky, do banco BayernLB, na venda dos direitos comerciais do esporte à CVC, em 2006.
De acordo com informações da publicação alemã “Suddeutsche Zeitung”, a denúncia vai ser formalizada no mês que vem. Há a probabilidade de atraso porque a acusação precisa ser traduzida para o inglês antes de ser encaminhada aos representantes de Ecclestone.
Dois anos atrás, quando o caso veio à tona, Ecclestone disse ter sido coagido a pagar propina. Segundo o chefão da F1, Gribkowsky teria ameaçado denunciar transações financeiras sigilosas da FOM (Formula One Management) ao fisco britânico.
Pela participação no caso, a Justiça alemã condenou o ex-executivo do BayernLB a oito anos e meio de prisão. Bernie, que ainda não foi julgado, reconheceu que provavelmente perderá o cargo de chefe executivo na F1, caso seja considerado culpado.
Por outro lado, crê que vai ser inocentado. “Estou preparado para mostrar evidências e haverá outras pessoas que farão o mesmo. Eu quero que isso seja levado adiante. Será divertido”, disse, em entrevista ao jornal “The Telegraph”, em janeiro.
“Este é um caso onde ele [Gribkowsky] diz que perdeu dinheiro nas transações que foram feitas, já que elas foram vendidas por um baixo preço. O problema é que as pessoas do banco disseram que não foram baratas… No fim, a CVC deu um bom preço para as ações.”
A corte de Munique deve definir nos próximos dias se Ecclestone será levado a julgamento ou não.
UOL Esporte
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