Castroneves chama pilotos da F1 de mimados: “respeito apenas cinco”

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Hélio Castroneves fez duras críticas à política da F1 e aos seus pilotos. Em entrevista à revista “Forbes”, o tricampeão das 500 Milhas de Indianápolis afirmou que respeita apenas cinco dos nomes do grid da categoria.

Ao ser questionado sobre o motivo da F1 não decolar nos Estados Unidos, ele disparou contra o modelo de administração do Mundial. Para o brasileiro, a habilidade do piloto não é o fator principal para decisão de uma vaga nas equipes no campeonato.

“F1? É muita política. É tudo política”, reclamou. “Bem, todos os esportes têm política, mas não é tanto. Na F1, eles não ligam se você é bom, não se importam se é uma boa pessoa. Parece um negócio de Hollywood e é exatamente o que é. Política é, com certeza, o problema.”

“Hoje eu respeito provavelmente apenas cinco pilotos de lá. Acho que [Fernando] Alonso, Felipe Massa é um amigo meu, [Michael] Schumacher. Schumacher não corre mais. Diria Sebastian Vettel. Até Mark Webber é um bom piloto. Eu só gosto de alguns pilotos que você pode contar nos dedos, é isso. O resto é um grupo de garotos mimados.”, afirmou.

Castroneves, que corre em um dos melhore times da Indy, a Penske, apontou a necessidade de se estar em uma boa equipe para ter uma oportunidade de conquistar vitórias e títulos na F1 e que nem sempre bons pilotos têm esta oportunidade.

“Nos anos 90 era bem interessante. Hoje, se você não tem um bom carro, esquece. Jenson Button ganhou um campeonato e hoje está concorrendo pelo Top 10. Agora você vem me dizer que ele esqueceu como se dirige? Isso foi de um ano para o outro. Insano! É a minha opinião. Às vezes as pessoas dizem: ‘Ah, você só diz isso porque não teve uma chance’. Eu não tive uma chance, mas respeito muito mais o que o Roger [Penske, dono de sua equipe] fez comigo: lealdade e uma equipe incrível que eu nunca pensaria em mudar”, concluiu.

Helinho chegou a testar pela Toyota no final de 2002. Na época, inclusive, ele chegou a pedir a Roger Penske para esperar a experiência antes de continuar com sua negociação para uma renovação de contrato. A equipe japonesa acabou preferindo contratar outro brasileiro para a temporada seguinte, Cristiano da Matta. Castroneves reclamou diversas vezes que a decisão tinha sido tomada antes mesmo da sessão em que ele andou com o carro, e que por isso, teria sido uma chance um pouco falsa de mostrar o seu trabalho.

UOL Esporte

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