Nova camisa do Fluminense foi vendida em lojas antes mesmo do lançamento oficial
A parceria que já dura 17 anos entre Fluminense e Adidas correu o risco de ser encerrada na temporada passada. Várias falhas da empresa de material esportivo alemã fizeram o time das Laranjeiras discutir internamente a rescisão do contrato, que vence no meio de 2015. Neste ano, porém, a fornecedora tentou recuperar o prestígio dentro do clube. O lançamento da segunda camisa, que homenageará o ídolo Assis, foi tratado com extremo cuidado, evitando vazamentos. Além disso, outros 'agrados' foram feitos à diretoria para melhorar a relação.
Um dos pontos que mais causaram desconforto foi a confirmação do contrato de patrocínio ao Flamengo por R$ 380 milhões durante dez anos. Para amenizar a situação desconfortável, um dos diretores da alta cúpula da Adidas fez uma ligação a um integrante da diretoria tricolor. Na conversa, ressaltou a importância do time carioca para os negócios da empresa no país e relembrou a longa duração do contrato entre as partes.
"Nós [Adidas] precisamos ter contrato com um clube como o Flamengo. Pelo grande número de torcedores, pela questão de volume. Mas nós queremos ter o Fluminense, é um desejo de associação da marca", disse o diretor da Adidas em conversa com membro da cúpula tricolor. No diálogo, ele também teria prometido melhorias na distribuição dos produtos tricolores e no cuidado com divulgação de novos uniformes.
Em 2012, o lançamento da camisa que seria a número um, mas passou a ser a quarta por não ter agradado torcida e patrocinadores, vazou na internet. O clube carioca cobrou explicações por meio de nota oficial, assim como na venda do modelo comemorativo dos 110 anos. O uniforme teria edição limitada, mas números repetidos foram vendidos pela fabricante para mais de uma pessoa. A explicação foi de que camisas 'teste', descartadas após análises, acabaram indo parar nas lojas.
Assim, o projeto em torno da segunda camisa desta temporada foi tocado com extremo cuidado pela fabricante alemã. O lançamento será na próxima terça-feira, com ações de marketing e ex-jogadores em um hotel na zona Sul do Rio de Janeiro. Ela trará a frase 'recordar é viver' na parte de trás, referência a uma música cantada pela torcida tricolor ao ex-atacante Assis, que marcou na decisão do Campeonato Carioca de 1983, contra o Flamengo.
"É algo que mexerá com o torcedor na linha de valorizar a história do clube. Algo que estamos realizando já, atrelando fatos marcantes e uma frase conceitual, que é 'recordar é viver'. E também trabalha um ícone, que é o Assis", disse o vice-presidente de marketing do Fluminense, Idel Halfen. Ele acredita que os problemas ocorridos na temporada passada, com vazamento das camisas na internet, não se repetirão desta vez.
"Na verdade, se trata de um trabalho normal [na divulgação da segunda camisa]. O habitual da Adidas é que não vaze, que não ocorra nenhum problema. Ano passado houve um descuido, foi o fato fora do normal. Mas claro que é algo que precisa de cuidado. Quando ocorre a divulgação muito antes do oficial, dá tempo da pirataria copiar os produtos, além de perder a sensação de novidade do produto aos torcedores", completou o vice tricolor.
As tratativas por um aumento no contrato continuam acontecendo desde o final do ano passado. O Fluminense recebe cerca de R$ 9 milhões por ano e tenta elevar o número. Internamente, o sentimento é de otimismo para que o contrato seja melhorado. O reajuste também seria uma maneira de acenar para uma renovação contratual em 2015. O UOL Esporte tentou entrar em contato com a Adidas, mas a empresa não respondeu até o fechamento da reportagem.
UOL Esporte
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