Jogo entre São Bernardo e RJX é paralisado por apagão
A Superliga masculina de vôlei não é o Super Bowl, mas já pode dizer que tem algo em comum com o megaevento que define o campeão da NFL. Isso porque freqüentes apagões têm assombrado os jogos do torneio e incomodado bastante os jogadores dentro de quadra. No confronto entre São Bernardo e RJX pelas quartas da competição, nesta terça-feira, por exemplo, a partida precisou ser paralisada por 25 minutos por conta de uma falta de luz no ginásio Adib Moysés Dib em São Bernardo do Campo.
O apagão aconteceu bem no início do segundo set, quando os jogadores já estavam em um ritmo acelerado dentro de quadra, bem quando o RJX estava prestes a atacar a bola que poderia lhe valer o quarto ponto da parcial. De repente, o ginásio fico um breu e os únicos pontos de luz no local eram os que vinham dos celulares das pessoas nas arquibancadas.
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O tempo foi passando, os jogadores sentaram um pouco e esfriaram completamente o corpo à espera da volta da iluminação. Foram necessários 25 minutos até que a luz se reestabelecesse e os atletas pudessem retornar à quadra para um aquecimento rápido antes do jogo recomeçar.
Essa foi a terceira vez – somente nesta edição – que um caso como esse atrapalhou um jogo da Superliga. A primeira aconteceu em fevereiro deste ano, também em um jogo do RJX, só que no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. A partida contra o Medley Campinas parou bem no início do primeiro set por conta de um problema no gerador e só voltou depois de 15 minutos.
O segundo caso aconteceu no último sábado, quando Sesi e Canoas também tiveram que esperar pouco mais de 22 minutos para que a luz voltasse ao ginásio em São Paulo - os árbitros da competição precisaram parar a partida para esperar o ‘apagão’ passar. E a stiuação desagrada aos atletas.
“Nunca é bom parar, né? A gente vinha em um ritmo de jogo e de repente para, tem que esperar um tempo até voltar de novo. É ruim fisicamente, porque você perde um pouco o pique, mas principalmente mentalmente, porque é difícil manter a concentração”, admitiu o ponteiro Thiago Alves, que, junto com os companheiros de RJX, sofreu à espera da luz.
O apagão, porém, não atrapalhou o rendimento do RJX em quadra. Apesar de ter feito um início de jogo mais equilibrado após o retorno da iluminação, os cariocas não demoraram muito a dominar o marcador com boa vantagem novamente. Assim, a falta de iluminação foi apenas um detalhe e, diferentemente do que aconteceu sábado – quando o Sesi acabou perdendo a partida após os 22 minutos de paralisação -, não foi decisiva no resultado do jogo.
“É ruim porque você está jogando forte e aí de repente para, tem que esperar, o corpo esfria e depois demora um pouco mais para voltar a aquecer. Mas é ruim para os dois lados, foi ruim para a gente, mas foi para eles também”, ressaltou o levantador Bruninho.
“O apagão não é desculpa. Aconteceu, a gente esperou, reaqueceu antes de voltar. Mas a parada foi igual para todo mundo, não mudou nada pra gente, nem para eles [RJX]”, garantiu Renan, oposto do São Bernardo.
No último sábado, um apagão já havia ‘assombrado’ as quartas de final da Superliga no jogo entre Sesi e Canoas. Mas ele aconteceu durante um forte temporal que caía na cidade de São Paulo. No caso do ginásio em São Bernardo do Campo, o problema não teve nada a ver com chuça, e o apagão foi apenas uma conseqüência do superaquecimento do gerador que estava sendo utilizado para iluminar o local. Depois de 25 minutos, com a luz da rua, tudo voltou ao normal.
O problema, porém, vem se repetindo em jogos da Superliga. Essa foi a terceira vez que aconteceu e, por isso, o apagão chegou até a ter uma repercussão negativa nas redes sociais, onde os torcedores reclamavam da competição. “Já virou rotina faltar energia elétrica durante os jogos da Superliga”, dizia um dos ‘reclamões’, via Twitter. “E na Superliga Masculina de volei , o jogo tá parado por conta da falta de energia #ImaginaNaOlimpiada RS”, brincou outro.
Para alguns, no entanto, a falta de luz e a paralisação do jogo podem ter até um ponto positivo. O veterano Dante, por exemplo, revelou que a ‘pequena parada’ serviu para ele e outros mais velhos do time do RJX recarregarem as energias antes de voltarem à quadra.
“Pô, a gente começou a brincar, né...que carro velho precisa pegar no tranco. Então para nós foi bom, deu para descansar as pernas, recarregar as energias”, disse o ponteiro aos risos.
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