Organizadores da Copa do Qatar são acusados de usar trabalho escravo















Qatar foi eleito como sede da Copa do Mundo de 2022 em uma decisão cheia de suspeitas

A escolha do Qatar para sediar a Copa do Mundo de 2022 foi cercada de suspeitas de corrupção e começam a aparecer graves acusações na preparação do país para receber o Mundial. Segundo o jornal alemão "Bild", os organizadores do torneio usam trabalho escravo nas obras dos estádios.

De acordo com a publicação, os trabalhadores, a maioria deles estrangeiros, recebem cerca de 78 centavos de dólar por hora trabalhada (cerca de R$ 1,50).

Grande parte dos trabalhadores são do Nepal e das Filipinas não consegue deixar o país mesmo com as precárias condições de trabalho, pois seus passaportes são confiscados pelos empregadores, além de morar em pequenos quartos, com temperatura de 50 graus Celcius e sem ar condicionado.

O jornal inglês "The Guardian" já havia revelado em janeiro desde anos as péssimas condições a que os trabalhadores eram submetidos.

O Qatar tem cerca de 88% da sua população composta por estrangeiros sofrem com o sistema de trabalho do país. Eles não podem trocar de emprego sem a aprovação do atual empregador, o que acontece em casos excepcionais. E para deixar o país, precisam de um visto de saída, que só pode ser dado pelo empregador.

Em entrevista ao blog "Dirty Tackle", Sharan Burrow, secretário geral da Confederação Internacional Sindical, disse estar preocupado com as condições de escravidão.

"Qatar é um estado escravo. Para construir a estrutura, é mais provável que trabalhadores estejam para morrer do que 736 jogadores disputarem a Copa do Mundo", disse.

Recentemente, a revista "France Football" revelou em uma extensa matéria que a eleição do país como sede do mundial em 2010 foi fraudulenta, pois autoridades do Qatar teriam comprado votos e apoio na campanha.

UOL Esporte

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