Fachada da nova sede do Comitê Organizador dos Jogos do Rio, na Cidade Nova
O Comitê Organizador dos Jogos do Rio 2016 ganhou uma nova casa, moderna e sustentável, em uma área de 20 mil metros quadrados no bairro carioca da Cidade Nova. A construção da sede foi feita com uma tecnologia modular, um sistema inteligente que permite montagem mais rápida e possibilidade de desmontagem e reutilização após o período das Olimpíadas. Os arquitetos do projeto usaram contêineres emprestados, montados de forma similar ao brinquedo Lego. O descarte de entulhos é mínimo.
A preocupação com a sustentabilidade na nova sede é um reflexo do desejo dos organizadores das Olimpíadas, que visam catalisar investimentos para o meio ambiente ao longo do evento. No que diz respeito aos gastos de energia, as soluções alternativas deverão gerar uma economia de mais de um milhão de reais.
- A inclusão dos conceitos de sustentabilidade tem a ver com o objetivo de tornar os Jogos do Rio a edição mais sustentável da história. A iluminação em led foi a solução que trouxe o maior impacto no consumo de energia. São luminárias de vida útil superior às convencionais, que geram menos calor e trazem um maior conforto. Este será o primeiro prédio comercial do país a adotar um sistema pioneiro de iluminação. E os equipamentos utilizados na sede poderão ser reaproveitados depois das Olimpíadas, inclusive, os contêineres. A ideia de criar uma estrutura desmontável e temporária foi em função das necessidades do local, que será desocupado após a competição - explicou Daniel Meniuk, diretor executivo para Cidades e Infraestrutura da GE no Brasil, patrocinadora oficial do Comitê Olímpico Internacional.
O prédio conta com um sistema de reaproveitamento de água da chuva para irrigar os jardins (a reserva tem quatro tanques que comportam 640 mil litros), economia de energia, mobiliário de madeira certificada e uso mínimo de concreto e alvenaria. A iluminação é feita com três mil luminárias em led, com baixo consumo de energia, além de vidros reflexivos, que permitem melhor aproveitamento da luz natural. Também faz parte do projeto a utilização de placas de captação de energia solar, telhado com cobertura termoacústica e ar-condicionado dotado de componentes eletromagnéticos que reduzem o custo de energia.
A reciclagem de 90% dos resíduos produzidos na nova sede é outro objetivo. Além da coleta seletiva, um meio mais eficaz, outras estratégias prometem reduzir o volume de material descartado, como o uso de louças de vidro e canecas, substituindo os copos de plástico.
A construção foi dividida em três etapas. A última delas ficará pronta em outubro deste ano - cerca de 300 operários trabalham nas obras da nova sede, inaugurada há duas semanas. A conclusão do projeto de tecnologia modular foi de apenas cinco meses. Se fosse realizada da maneira convencional, seriam necessários de 12 a 16 meses para ser erguida. A opção por uma estrutura temporária permite ainda uma redução no preço do aluguel, já que o prédio será ocupado aos poucos, evitando o pagamento de espaços ociosos.
O custo de mercado de um aluguel mensal na mesma área oscila entre R$ 110 e R$ 130 por metro quadrado, excluindo o pagamento de condomínio, IPTU e manutenção. No entanto, seria muito difícil encontrar, atualmente, uma área de escritório no Rio na metragem necessária e que atendesse os padrões de sustentabilidade, acessibilidade e segurança pensados para a nova sede, que deverá receber dois mil funcionários até 2016. Além do Comitê Organizador, o local também abriga a Empresa Olímpica Municipal (EOM).
Globo Esporte
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