Muricy Ramalho poderia ser substituído no Santos
O comitê gestor do Santos age silenciosamente diante da insatisfação com o técnico Muricy Ramalho e, apesar de ver em Paulo Autuori - atualmente desempregado - a única solução momentânea para troca na comissão técnica, os dirigentes já estudam os nomes de Ney Franco e Gilson Kleina, ambos empregados pelos rivais São Paulo e Palmeiras, respectivamente. Uma derrota no clássico contra o Corinthians, neste domingo, pode acelerar o processo.
Kleina e Ney Franco, no entanto, ainda são vistos como opções secundárias. A ideia pelo são-paulino atenderia a um antigo desejo santista, que tentou fechar acordo temporário com o treinador antes da contratação de Muricy Ramalho, em 2011. Na ocasião, Ney estava à frente das Seleções Brasileiras de base.
Na visão de um dos dirigentes, liberar Muricy pode ser uma "isca" para que retorne ao São Paulo - no qual foi tricampeão brasileiro de 2006 a 2008 - e, consequentemente, facilitar a contratação de Ney Franco.
Autuori, no entanto, segue como o mais cotado por já ter na bagagem a experiência de duas Libertadores, além de ser, na prática, um treinador de maior flexibilidade, um dos principais quesitos questionados de Muricy.
O comitê gestor, cada vez mais, passa a ceder às pressões externas de insatisfações com o treinador. A reunião do Conselho Deliberativo da última quinta-feira ficou marcada, principalmente, pela provocação de um dos conselheiros direcionada a Muricy, que sugeriu que a taça da Copa São Paulo fosse encaminhada à sala do comandante santista para lembrá-lo da utilização das jovens revelações santistas.
Desde que chegou ao Santos, há quase dois anos, Muricy conquistou quatro títulos: dois Campeonatos Paulistas, uma Copa Libertadores da América e uma Recopa Sul-Americana. O técnico tem sido pressionado pelo fraco desempenho mesmo diante de sete contratações para a temporada, uma delas o meia argentino Montillo, que custou cerca de R$ 24 milhões.
Terra
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