Rio 2016: Justiça notifica COI por disputa envolvendo campo de golfe




















Presidente do comitê Rio 2016, Nuzman precisou interpretar a notificação para a chefe da Comissão de Coordenação do COI

Mais um entrave envolvendo uma instalação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. A Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), no Rio de Janeiro desde o início da semana para a quarta visita e rodada de reuniões com as autoridades brasileiras, foi notificada por um oficial de Justiça, na figura da chefe da comissão, a marroquina Nawal El Moutowakel, a cerca da disputa judicial que envolve o terreno onde será construído o campo de golfe.

Na noite da última terça-feira, um oficial de Justiça foi ao hotel, na Barra da Tijuca, onde a delegação está hospedada, para entregar a notificação pessoalmente a Nawal, que estava fora, jantando com outros membros. Um representante do COI, identificado apenas como Pierre, recebeu o documento, só que o advogado que representa a Elmway Participações, Sérgio Antunes Lima, insistiu que o documento fosse entregue em mãos para a marroquina.

Ao regressar do jantar, na mesma noite, Nawal recebeu o documento em português, fato que gerou mal estar na delegação, já que a chefe da Comissão de Coordenação, mesmo recebendo o documento, não tinha como interpretá-lo e recorreu ao presidente do comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. O clima foi de desagrado entre todos.

De acordo com o advogado da Elmway, a notificação, expedida pelo juiz da 22ª Vara Cível Federal, Rafael de Souza Pereira, era apenas para que o COI tivesse ciência de que o terreno, no Parque Ecológico de Marapendi, está sub judice.

Após perder o processo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a Elmway recorre ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o título de propriedade do local do futuro campo de golfe contra o empresário italiano Pasquale Mauro, que em associação com a construtora RJZ Cyrella, entrou em acordo com a Prefeitura para a construção do campo da modalidade que estreia nos Jogos Olímpicos pelo valor de R$ 60 milhões.

O acordo, tão apregoado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que não traria custos para o governo municipal, tampouco para o comitê organizador, prevê a construção do local em troca da permissão por parte da Prefeitura para o erguimento de 22 torres de 22 andares em terreno vizinho. O projeto foi aprovado pela Câmara de Vereadores do município.

Terra

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