Kalil afirmou ter "consciência tranquila e mãos limpas"
Presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil emitiu nesta quinta-feira uma nota de esclarecimento para repudiar a notícia veiculada pelo jornal O Globo. O diário publicou que o dirigente havia sido acusado pelo Ministério Público (MP) de Minas Gerais de enriquecimento ilício, assim como outros três dirigentes do clube, por empréstimos com juros abusivos entre 1998 e 2006. O cartola atleticano, porém, negou as acusações e se disse tranquilo quanto ao caso.
"Nunca fui sequer chamado pelo Ministério Público para qualquer esclarecimento", escreveu Kalil, que se disse "indignado" com a notícia que foi veiculada. "A estratégia intimidatória não vai funcionar. Causou estranheza que tal assunto, explorado e esclarecido em outras ocasiões, tenha vido à tona agora, quando travo mais uma batalha em defesa do Atlético. Tenho a consciência tranquila e as mãos limpas", acrescentou.
De acordo com o jornal, o MP mineiro pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário e fiscal de Kalil e mais três cartolas: Ricardo Guimarães (dono do banco BMG), Nélio Brant (ex-diretor dos bancos Rural e BMG) e Ziza Valadares (ex-deputado federal e atual diretor de comunicação da Light, empresa de energia do Rio de Janeiro).
O motivo seria o uso de juros abusivos em empréstimos repassados ao clube. De acordo com o MP, o empréstimo era tomado pelos dirigentes e, posteriormente, o recurso era repassado ao clube com juros acima de mercado. Somente em uma operação, o empresário Kalil, pessoa física, emprestou R$ 1 milhão e recebeu R$ 1,07 milhão após seis dias, o que equivale a juros de 35% ao mês, proporcionalmente. Sua firma, a Erkal Engenharia, contraiu 12 empréstimos e repassou ao Atlético cobrando taxas consideradas abusivas, entre junho de 2000 e outubro de 2005.
Confira a nota de Kalil:
Em respeito aos meus filhos e à grande torcida atleticana, venho mostrar minha indignação sobre a matéria veiculada hoje, dia 17 de janeiro, no jornal O Globo, na qual o Ministério Público de Minas Gerais questiona empréstimos feitos por mim ao Atlético, 11 anos atrás.
Esclareço que:
1. Nunca fui sequer chamado pelo Ministério Público para qualquer esclarecimento.
2. A estratégia intimidatória não vai funcionar. Causou estranheza que tal assunto, já explorado e esclarecido em outras ocasiões, tenha vindo à tona agora, quando travo mais uma batalha em defesa do Atlético. Tenho a consciência tranquila e as mãos limpas, e vou continuar buscando os objetivos que entendo interessantes para o clube.
3. Coloco as contas e toda a documentação pedida na referida ação, que não conheço, à disposição do Ministério Público.
4. Esses empréstimos nunca circularam em minha conta, nem na conta de minha empresa. Eram tomados no banco em meu nome e transferidos diretamente ao clube, que por sua vez pagava, também diretamente à instituição financeira, como prova toda documentação que tenho em minhas mãos. Tal transação será devidamente comprovada na quebra de meu sigilo bancário.
5. A transação em questão foi aprovada, quando à época, passou por auditoria interna e externa, estando também a documentação em meu poder, assim como no clube.
6. Se tivesse que fazer tudo novamente, eu o faria, já que tudo que fiz, naquele momento, além de legal, foi única e exclusivamente com a intenção de socorrer meu clube em um momento difícil.
Alexandre Kalil
Presidente do Clube Atlético Mineiro
Terra
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