Local será palco do remo na Olimpíada do Rio de Janeiro
O Governo Federal e o Município do Rio gastaram cerca de R$ 8,5 milhões gastos com as reformas do estádio Olímpico de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio para os Jogos Pan-Americanos de 2007. E isso incluía os blocos de partida, raias e flutuantes. Mas, menos de quatro anos antes dos Jogos Olímpicos da capital carioca, o local está abandonado.
Os blocos de partida estão soltos pela lagoa, as raias albanas compradas para o Pan percorrem o Brasil e os flutuantes, que marcam as distâncias, não existem. E como filho feio não tem pai, não foi fácil encontrar um responsável pela manutenção do lugar.
"Por incrível que pareça, até a semana passada não existia um órgão responsável pela manutenção do lugar", afirmou Mauro Ney Palmeiro, presidente da Federação Carioca de Remo, que acusou o antigo presidente da Confederação Brasileira de Remo, Wilson Reeberg, de descaso com o local.
"Considero uma leviandade ele fazer uma afirmativa dessas. A responsabilidade é dos usuários, ou seja, a Confederação, a Federação e os clubes. E desses só a Confederação fez alguma coisa pelo lugar", defendeu-se Reeberg.
Candidato derrotado nas eleições da Confederação na semana passada, Wilson Reeberg, disse que após as chuvas de 2010, que destruíram os blocos de partida, a Confederação reformou os blocos para o Brasileiro de 2011. Mauro Ney diz que os blocos estão abandonados desde 2010 e diz que a Federação não tem dinheiro para ser responsável pela reforma.
"Mas a Confederação tem dinheiro. Nós vivemos da contribuição dos clubes e ainda assim gastamos R$ 20 mil reais nos últimos tempos para podermos realizar os campeonatos estaduais", disse Palmeiro, dizendo que as partidas nos blocos destruídos são feitos de maneira improvisada.
Para Mauro Ney Palmeiro, com R$ 100 mil reais é possível deixa o local em condições mínimas para receber competições. Sobre as raias e flutuantes, Mauro Ney Palmeiro acusou a gestão de Wilson Reeberg de levar o material para o Paraná e para o Mato Grosso para competições.
"As raias e flutuantes são propriedades do Comitê Olímpico Brasileiro e são usadas também pela Confederação de Canoagem e estão disponíveis para qualquer competição dentro do país", argumentou Reeberg. "As raias albanas que coloquei lá foram alvo de vandalismo e nunca, nem Federação nem clubes fizeram nada para mantê-la", acusou o ex-presidente.
De acordo com Mauro Ney Palmeiro, o novo presidente da Confederação de Remo, Edson Altino Pereira Junior (eleito na semana passada), já prometeu que em janeiro começa a reparar o local. "O Flamengo gastou pouco menos de R$ 100 mil e usa para treinos flutuantes de última geração", afirmou Mauro Ney.
Enquanto a reforma não vem, o tempo corre. Em abril, tem campeonato sul-americano no local e, em 2015, o Mundial Júnior. Isso sem falar dos eventos-teste para os Jogos Olímpicos, que por enquanto, não têm condição de acontecer.
Terra
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