Ernesto Torres afirmou que médicos e família estudam possibilidade de desligar aparelhos do ex-boxeador
Baleado no rosto na madrugada desta quarta-feira, o ex-campeão mundial de boxe, Héctor "Macho" Camacho sofreu morte cerebral, informou o jornal portorriquenho El Nuevo Dia. Segundo a publicação, a informação foi confirmada por Rafael Rodríguez Mercado, diretor do Centro de Ciências Médicas, em San Juan.
Mercado afirmou que "seria uma milagre sua recuperação, medicamente não se pode fazer mais nada". Para confirmar a morte cerebral foi realizado um encefalograma. O jornal ainda divulgou que a atividade cerebral de Camacho é de apenas 3% na Escala de Glasgow, método de medida que registra o nível de consciência de vítimas de traumatismo craniano.
Ernesto Torres, também diretor do centro médico, informou que os médicos e a família estudam a possibilidade de desligar o aparelho que mantém Camacho vivo, um respirador artificial. A piora durante a madrugada foi considerável, e o coração do ex-boxeador deixou de bater de forma contínua, explicou.
Héctor 'Macho' Camacho foi baleado na noite de terça-feira, por homens não identificados, quando estava em um carro, em frente a um centro comercial em Bayamón, cidade onde o ex-boxeador nasceu. Um amigo de Camacho, Adrián Mojica Moreno, de 49 anos, que também estava no veículo, morreu no local. A polícia de Porto Rico está a frente das investigações e analisa vídeos de diversas câmeras de segurança da região onde o crime aconteceu.
A bala atingiu a mandíbula de Camacho, mas saiu de sua cabeça e se alojou no ombro direito. O ex-atleta ainda fraturou ao menos duas vértebras e poderia ficar paralítico, de acordo com o doutor Ernesto Torres, responsável por seu tratamento no Hospital Centro Medico, em San Juan. Steve Tannenbaum, representante do ex-lutador, inicialmente se mostrou confiante quanto a uma recuperação. "Ele é um gato, tem sete vidas. Vai sair dessa", afirmou.
Marcado por polêmicas, Camacho teve uma carreira irregular, marcada pelo abuso de álcool e problemas criminais, que incluíram processos na Justiça por agressões a mulheres e ao próprio filho. Em 2007, ele foi sentenciado a sete anos de prisão por roubar uma loja de computadores no Mississipi, mas cumpriu apenas duas semanas de pena e foi libertado.
Camacho foi um dos principais lutadores durante as décadas de 90 e 80, sendo detentor do cinturão dos super-penas pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC, na sigla em inglês) entre 1983 e 19984, conquitando ainda os títulos do leves pelo WBC (1985) e o dos meio-médios júnior pela Organização Mundial de Boxe (em 1989 e 1991).
Terra
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