Evento de veteranos precede o qualifying do Challenger do Rio
Os fãs do tênis terão um aperitivo e tanto a partir desta sexta-feira no Jockey Club do Rio de Janeiro para comemorar a volta de um torneio challenger após 11 anos à cidade. Um interessante e divertido duelo de veteranos do tênis no Desafio dos Campeões vai agitar a quadra de saibro montada ao lado da pista de corridas. Brasil, França e Equador se desafiam com um duelo de dois ex-campeões de Roland Garros em quadra.
De um lado do francês Yannick Noah e do outro o equatoriano Andrés Gómez. "Viemos aqui para nos divertir", disse Gómez em entrevista desfalcada de Noah e do também francês Guy Forget. A organização informou que os dois estavam em um voo que teve problemas após decolar de Paris em direção ao Rio na noite de quarta-feira - ambos tiveram que pegar um avião na manhã de quinta para chegarem a tempo do torneio.
Depois do confronto entre Noah e Gómez se enfrentam Guy Forget e Nicolás Lapenti. O país que vencer o duelo enfrenta o Brasil de Fernando Meligeni e Jaime Oncins no sábado à noite, antes que seja iniciado o qualifying do challenger - que terá a presença de Marko Djokovic, irmão de Novak Djokovic. "É uma chance de esses meninos verem gente que já brilhou no tênis e de quem gosta de tênis de conviver com a gente", disse Meligeni, que ressaltou que o Rio ganha outra vez a chance de receber eventos grandes do tênis e que não pode desperdiçar.
Encontro de veteranos sempre é tempo de se discutir o futuro do esporte, no Brasil e no mundo. Andrés Gómez disse que o tênis atual é muito mais físico que em sua época, destacou o crescimento dos asiáticos e disse que a América do Sul precisa se adaptar. "Talvez a Argentina seja o único país que tenha realmente uma escola de tênis. Nós todos devemos jogar mais juntos, colocar nossos melhores para se enfrentarem e encontrar um caminho", disse o ex-tenista, que pediu uma reorganização do calendário latino-americano. "Temos que aproveitar que estamos vivendo uma época de jogadores extraordinários, que nos fazem querer ver mais o esporte", lembrou.
E quando surge o assunto futuro, surge sempre a possibilidade de termos um novo Gustavo Kuerten. Fernando Meligeni disse que Guga foi ótimo para colocar o tênis na mídia e captar mais interesse das pessoas, mas que a realidade só vai mudar quando o trabalho de base mudar. "Sempre tivemos no máximo três tenistas no top 100, quase nunca foi mais do que isso", citou.
Jaime Oncins aproveitou para defender Thomaz Belucci, que chegou a ser o 21º do mundo. "Nunca tivemos escola. Tivemos individualidades. Guga foi número 1 e Belucci chegou além do que Fernando e eu conseguimos. E ainda tem gente que diz que ele ruim", lamentou Oncins.
Nicolas Lapentti, que deixou o tênis recentemente e vai se candidatar a presidente de Federação Equatoriana de tênis, foi além. Lembrou que, tirando Federer, os cinco melhores do mundo estão na faixa dos 25 anos. "E não vejo nos próximos dois anos nenhum jogador de 18 anos se aproximando desse grupo espetacular", opinou. Pode ser que o Challenger do Rio, que vai até o próximo dia 21, traga algo de novo a esse cenário.
Terra
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