Apesar de inscrito na Sul-Americana, São Paulo não descarta não usar Ganso em 2012
Depois de custar R$ 23,9 milhões ao São Paulo e à DIS, o meia Paulo Henrique Ganso pode ter sua estreia adiada para 2013. Nesta sexta-feira, o fisioterapeuta tricolor Luis Rosan admitiu a possibilidade de o reforço não conseguir jogar em 2012, perdendo a reta final do Brasileirão e a Copa Sul-Americana.
"O nosso objetivo é que ele volte a jogar ainda este ano, mas não é possível afirmar categoricamente que isto irá realmente acontecer. A diretoria nos deu ampla liberdade para recuperá-lo sem pressa. Se não puder jogar (em 2012), não será problema. No entanto a meta é que ele volte ainda nesta temporada", explicou Rosan, em entrevista à Rádio Globo.
O São Paulo toma o máximo cuidado antes de colocar Ganso de volta em campo. Quer o jogador por inteiro em 2013. Atualmente, ele trata uma lesão na coxa esquerda, mas também faz fortalecimento na perna direita.
Por isso, Rosan não faz prognósticos para a estreia de Ganso. "É precipitado fazer qualquer projeção porque o atleta está conosco há apenas uma semana. Tratamos também a perna direita dele, que está atrofiada. Assim que a lesão na coxa estiver totalmente cicatrizada, faremos um processo de fortalecimento muscular e será comparada à outra coxa. Quando ele não tiver dor e estiver equilibrado, será entregue ao departamento físico e técnico, que dirá quando ele poderá estrear", explicou.
O fisioterapeuta também foi cauteloso ao responder quando Ganso estará 100%. "Você pode dizer que o atleta está bom a partir do momento que ele entra no campo. Se já o conhecêssemos antes seria mais fácil, mas é preferível ter cautela porque seu histórico de lesões é acentuado."
De camisa 10 ideal a meia contestado
Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.
A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.
A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.
A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.
No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.
Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino para Ganso se tornou justamente o rival São Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain. O meia, dessa forma, rompe o contrato com a equipe praiana, com final estipulado para fevereiro de 2015.
Terra
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