Revista: Mercedes deve mudar nome para evitar marca ligada a "vexame"

Equipe chefiada por Ross Brawn passaria a se chamar AMG em 2013 ou 2014

A Mercedes deverá passar a se chamar AMG na Fórmula 1 a partir de 2013 ou 2014. Segundo publica a revista italiana Autosprint, especializada em esportes a motor, a manobra se justificaria porque a companhia alemã não quer mais ter sua marca ligada midiaticamente às "imagens feias em pista" que a equipe tem apresentado.

Na realidade, o nome oficial da escuderia atualmente já é Mercedes AMG Petronas F1 Team. A sigla AMG foi incorporada ao título em 2012: trata-se de uma divisão esportiva da montadora e significa Aufrecht, Melcher e Grossaspach, nomes de dois fundadores da empresa e do município onde ela tinha sede.

Conforme publica a revista, os modelos mais esportivos de rua da Mercedes, cuja sede atual é em Stuttgart, são fabricados sob a marca da AMG, na fábrica de Aaffaltebach. No Campeonato Alemão de Turismo (DTM), os carros da companhia já competem sob a alcunha da AMG, e isso deve acontecer também na F1 em 2013 ou "mais provavelmente" a partir de 2014, ainda de acordo com a publicação.

A alteração ocorreria por ordem de Dieter Zetsche, chefe-executivo da Daimler AG, corporação multinacional automobilística da qual a Mercedes faz parte. Segundo a revista, o conselho de administração quer o nome Mercedes fora da F1 para "evitar as imagens feias que após três anos só trouxe uma vitória" na categoria.

Para 2010, a Mercedes comprou a Brawn GP, então atual campeã mundial, interrompendo um período sem equipe própria na F1 que durava desde 1955. A marca alemã, que chegou a ser parceira da McLaren nas décadas de 1990 e 2000, não tem tido sucesso desde então: conquistou um êxito, com Nico Rosberg no Grande Prêmio da China de 2012, e foi a quarta colocada do Campeonato de Construtores nas duas últimas temporadas.

Mesmo se confirmando a mudança, pouca coisa se alteraria na prática: a escuderia continuaria dirigida por Ross Brawn na sede de Brackley, na Inglaterra. Só o carro passaria a ser chamado de "AMG F1 powered by Mercedes", em referência aos motores serem fornecidos pela companhia.

Terra