Ganso diz que queria jogar mais, mas apoia Mano: "deve continuar"

Ganso só atuou em duas partidas da Olimpíada de Londres. Foto: Adriano Lima/Terra

Ganso só atuou em duas partidas da Olimpíada de Londres

Com participação bastante limitada na Olimpíada de Londres, Paulo Henrique Ganso gostaria de ter atuado mais durante a competição que culminou com a medalha de prata da Seleção Brasileira. De qualquer forma, o meia evitou entrar em conflito com Mano Menezes na manhã desta segunda-feira e apoiou a continuidade do trabalho do treinador na equipe.

"Todo jogador queria ter jogado mais", afirmou Ganso logo após desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, nesta segunda, vindo de Londres. Nos Jogos Olímpicos de 2012, o atleta ficou no banco de reservas e só foi a campo na fase de grupos: na primeira rodada, na vitória por 3 a 2 sobre o Egito, entrou aos 27min do segundo tempo; e na segunda, na vitória por 3 a 1 sobre a Bielorrússia, entrou aos 19min do segundo tempo.

No início da competição, o jogador do Santos chegou a sentir um desconforto na parte anterior da coxa esquerda e por isso acabou fora da lista de relacionados para a partida contra a Nova Zelândia, vencida por 3 a 0, pela terceira rodada da primeira fase.

Nesta segunda, o meia classificou a contusão apenas como um "incomodozinho" e lembrou que logo depois já estava apto a atuar, negando que isso tenha sido o motivo para não entrar em campo a partir das quartas de final. Como disse estar bem fisicamente, ele se colocou à disposição para defender o Santos na próxima quinta-feira, na visita ao Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro.

No último sábado, Ganso nada mais do que assistiu do banco de reservas à derrota do Brasil por 2 a 1 na final olímpica, diante do México, no Estádio de Wembley. "Alguns detalhes decidiram a final. No último jogo deixamos escapar", lamentou ele, que acabou cortado por Mano Menezes para o amistoso da Seleção contra a Suécia, na próxima quarta-feira, em Estocolmo.

Para justificar a atitude, o treinador afirmou que, embora o meia estivesse em condições físicas boas, não havia parâmetros para avaliá-lo em relação aos demais atletas, visto que Ganso pouco atuou em Londres e ficou um período sem treinar devido à lesão. "Decisões técnicas", resumiu Mano, que na ocasião desconvocou também o zagueiro Bruno Uvini.

Se viu a pressão sobre seus ombros aumentar com o vice-campeonato olímpico, o treinador teve a permanência no comando defendida pelo próprio Ganso. "Não sou eu quem decido, mas acho que o Mano deve continuar seu trabalho", disse o atleta. Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin já havia bancado a manutenção da comissão técnica depois da derrota para o México.

Terra

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