Esquiva Falcão será o primeiro representante brasileiro em uma final no boxe
O brasileiro Esquiva Falcão obteve uma conquista inédita para o boxe brasileiro. Nesta sexta-feira, o pugilista do Espirito Santo, filho do lendário lutador Touro Moreno, venceu o britânico Anthony Ogogo, ex-participante do Big Brother do Reino Unido, por 16 a 9 e avançou à decisão da categoria dos médios (até 75 kg). Independente do resultado da final, Esquiva garantiu pelo menos a medalha de prata para o País.
Antes de Esquiva Falcão, nunca antes na história o boxe brasileiro havia alcançado um lugar na final do boxe olímpico. Em 1968, na Cidade do México, Servílio de Oliveira acabou eliminado na semifinal pelo mexicano Ricardo Delgado e ficou com o bronze. A outra medalha nacional na modalidade também confirmou-se após a queda na semifinal: Adriana Araújo caiu para a russa Sofya Ochigava e subiu no lugar mais baixo do pódio.
Classificado para a decisão, marcada para este sábado, às 17h45 (de Brasília), Esquiva terá pela frente o japonês Ryota Murata, que superou na semifinal o uzbeque Abbos Atoev por 13 a 12, em duelo realizado logo após a vitória histórica do brasileiro.
O clima favorável da torcida britânica motivo Ogogo a tomar a iniciativa no início do combate decisivo. O lutador da casa buscou mais o ataque, mas acabou contido pela boa estratégia do brasileiro. Esquiva trabalhou no contra-golpe e por muitas vezes acabou contido somente no clinch. A arbitragem, devido ao equilíbrio, decretou o empate por 3 a 3, diminuindo o ímpeto do público na arena nesta sexta-feira.
A estratégia de esquiva desestabilizou o lutador britânico. Apresentando uma melhor movimentação e encontrou a distância necessária para ultrapassar a guarda do pugilista da casa, Esquiva Falcão dominou completamente o round e o adversário, conquistando uma grande vantagem ao cravar 6 a 3 no marcador da parcial.
Mesmo superior e podendo apenas administrar o combate até o final, Esquiva Falcão mostrou nos primeiros segundos do round final que buscaria o nocaute até o final do duelo. Ao encaixar um potente golpe de esquerda, o britânico caiu e a arbitragem abriu a contagem, cena que se repetiria minutos depois. O domínio soberbo do pugilista brasileiro se refletiu no placar: 7 a 3, triunfo por 16 a 9 e vaga em uma final inédita para o País.
Terra
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