Diretoria quer assinar pré-contrato com Felipão nas próximas semanas

A diretoria palmeirense espera segurar Felipão para a Copa Libertadores do ano que vem. Foto: Fernando Borges/Terra

A diretoria palmeirense espera segurar Felipão para a Copa Libertadores do ano que vem

A conversa de Arnaldo Tirone com Luiz Felipe Scolari na semana passada em passeio pela praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi só um dos atos para convencer o técnico a ficar no clube. O presidente do Palmeiras e seu vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, têm se esforçado para garantir o quanto antes a permanência do comandante. A ideia é já garanti-lo com a assinatura de um pré-contrato em setembro.

O vínculo de dois anos e meio estabelecido com Scolari com a equipe acaba em dezembro. Desde janeiro de 2011, ele convive diretamente com Tirone, que sempre se colocou contrário até a pedidos de demissão do próprio treinador. A consequência foi o título da Copa do Brasil, no mês passado, e o pentacampeão mundial virou arma poderosa para a manutenção do grupo que está no poder nas eleições marcadas para janeiro.

A conversa tem visado tanto uma reeleição que o gerente de futebol César Sampaio, que assumiu o cargo no fim da temporada passada avisando a Scolari da possibilidade de demissão, nem participa das negociações. Tirone tem cuidado pessoalmente das conversas, frequentemente contando com a ajuda de Frizzo, antes desafeto do técnico. Quanto mais rápido se chegar a um acerto, maior será a força de Tirone nas eleições. Mas o treinador já deixou claro que não é com papo que será convencido a renovar. O sonho de participar da Copa do Mundo de 2014 já diminuiu à medida que as sondagens de seleções - incluindo a Brasileira - foram se tornando cada vez mais raras. Felipão, contudo, exige o cumprimento da promessa de "camarões" - e os prováveis adversários de Tirone na disputa pela presidência em 2013 também se movimentam pensando em jogadores renomados.

De volta à Libertadores, o técnico exige um elenco com reforços de peso. Por isso, o diretor financeiro Antonio Henrique Silva participou da conversa na orla carioca na última quarta-feira. Foi demonstrada a intenção de se investir por volta de R$ 20 milhões em cerca de quatro nomes que agradaram a Scolari. Contudo, ainda falta provar a ideia na prática, já que, após a Copa do Brasil, a diretoria só gastou para trazer Obina da China e o meia Tiago Real do Joinville. O volante Correa, então sem clube, veio de graça e com contrato até dezembro.

Além de serem uma forma de segurar Felipão, os reforços serão atraídos pelo nome do técnico. Por isso, sua permanência está ligada às contratações. "Temos que esperar. Torcemos para que, o mais rápido possível, a comissão técnica esteja definida para trabalharmos dentro de um raciocínio lógico no planejamento", disse Sampaio.

No clube, existe certa apreensão porque ainda nem se pensa em uma alternativa para o caso de Scolari não ficar. "Seria uma perda grande a mudança de comando. O Felipe já conhece muito bem o grupo e seu histórico de conquistas, traçando um projeto de médio a longo prazo, é muito bom", continuou Sampaio, que, como volante, foi campeão da Copa Libertadores de 1999 e do Torneio Rio-São Paulo de 2000 sob o comando de Felipão.

Terra

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