Shin não concordou com a marcação da arbitragem e se recusou a sair do local da competição
A sul-coreana Shin Lan foi responsável por uma das primeiras polêmicas dos Jogos Olímpicos de Londres. Na semifinal da modalidade espada, da esgrima, disputada nesta segunda-feira, na Arena Excel, a asiática foi derrotada pela alemã Britta Heidemann, por 6 a 5, com um ponto computado no último segundo da prorrogação da luta.
O combate contra a campeã olímpica em Pequim 2008 estava empatado por 5 a 5 no tempo extra, o que dava a vantagem a sul-coreana, sendo definido no último segundo após uma pontuação controversa para a germâmica.
Lam Sin tinha a vantagem no último e decisivo período do duelo, quando, faltando apenas um segundo para o fim, a arbitragem decidiu voltar o relógio em 1 segundo. No primeiro reinício houve um toque duplo, quando as duas tocam a espada ao mesmo tempo na adversária e pontuam juntas. Este toque duplo aconteceu mais duas vezes e o relógio continuou parado, faltando um segundo para o término da luta.
Depois de muita reclamação da sul-coreana com o relógio, a arbitragem reiniciou a luta e a alemã conseguiu marcar o ponto, desta vez sozinha, para desespero de A Lam Shin, que chorando bastante, sentou na pista e lá ficou por muito tempo, não aceitando a derrota.
Shim Jaesung, treinador de Shin, foi à mesa da arbitragem para contestar a decisão e teve de aguardar junto à atleta por quase 30 minutos antes da decisão final.
Com a vitória da europeia, Shin se revoltou, chorou e não queria se retirar do local da competição, como forma de protesto ao resultado.
Após algumas insistências por parte representantes da modalidade, Shin, aos prantos, decidiu deixar o local e saiu da pista aplaudida de pé pelos torcedores.
Minutos depois, Shin voltou à pista para disputar a medalha de bronze contra a chinesa Sun Yujie e, apesar de ter liderado os dois primeiros tempos, foi derrotada por 15 a 11 e terminou em quarto lugar.
Na disputa pela medalha de ouro, a algoz de Shin, Britta Heidemann, fez um duelo disputado com a ucraniana Yana Shemyakina e levou o a decisão para a prorrogação. Apesar de ser a atual campeã olímpica, a alemã não resistiu e foi derrotada por 9 a 8, conquistando a medalha de prata.
Terra
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