Obina tenta agredir Maurício, ambos do Palmeiras, no intervalo do jogo contra o Grêmio
Obina acertou com o Palmeiras, mas o telefone que passou a tocar na noite desta segunda-feira não foi o do novo reforço do clube paulista. A 524 km de distância de São Paulo, o zagueiro do Joinville, Maurício, sofreu com o assédio da imprensa e, assustado, atendeu ao UOL Esporte para falar sobre a briga com o atacante que já marcou sua carreira no futebol.
MAURÍCIO NÃO ESCONDE AS MÁGOAS
"Um dia vão querer me contratar e eu vou dizer 'não, obrigado'", disse o zagueiro, que tem contrato com o Palmeiras até o fim do ano.
“Caramba, o que está pegando? Todo mundo me ligando”, reclamou antes de relembrar o episódio. “Putz, com certeza! Hoje eu sou conhecido como o Mauricio que brigou com o Obina. Eu era muito novo e, hoje mais maduro, pensaria dez mil vezes antes de iniciar aquela confusão. Nem se eu fosse agredido, agiria daquele jeito”, disse, arrependido.
Em 2009, o zagueiro, que era uma das maiores revelações da base alviverde, acabou discutindo com Obina, mas perdeu a razão após tentar desferir um tapa no companheiro, que revidou e acertou um soco no atacante. A confusão irritou a cúpula palmeirense e os dois atletas foram dispensados.
Obina foi para o Atlético-MG, fez sucesso, jogou no futebol chinês e nesta terça será reapresentado como novo reforço do Palmeiras. Já Mauricio segue vinculado ao clube paulista, mas está fora dos planos e já foi emprestado para Grêmio, Portuguesa, Vitória e agora Joinville.
“Prejudicou minha imagem, mas minha carreira não. Na vida, nada acontece por acaso. Estou muito feliz e talvez hoje esteja na minha melhor fase”, comentou o zagueiro, ressaltando que as pazes com Obina foram feitas logo após o incidente.
“Falamos pela internet e ficou tudo acertado. Tínhamos uma amizade e até agora quando ele foi para a China mantínhamos contato. É um cara que eu sempre gostei. Fico feliz por ele estar de volta ao clube. Não falei com ele, mas desejo sorte”.
Maurício revela, porém, que mesmo tendo contrato com o clube até o final deste ano não se vê atuando ao lado de Obina com a camisa do Palmeiras. Desprezado, ele conta os dias para deixar de ter vínculo com o clube que não lhe proporcionou uma segunda chance.
“Não sei, não consigo entender o porquê disso [de não ter uma segunda chance igual a de Obina].100% de certeza que foi pela briga, porque futebol eu tenho”, lamentou.
Maurício contou ainda que em janeiro chegou a pensar que iria ser aproveitado, se reapresentou com o elenco, mas nunca foi a campo e ficou apenas fazendo trabalhos físicos separados do restante do grupo.
“Me chateou demais, o Felipão não me deu uma chance. Ninguém sabe o dia de amanhã e se eles pedissem teria que voltar, mas não é minha vontade. Vou trabalhar aqui, seguir minha carreira e tenho certeza que um dia eles vão querer me contratar e eu vou poder dizer 'não, obrigado'”.
UOL Esporte
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