Mano coloca prestígio e trabalho para 2014 em jogo a partir de hoje

ATM - Mano menezes - coletiva 25/7. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

ATM - Mano menezes - coletiva 25/7

A Olimpíada de Londres carrega um grande peso para a Seleção Brasileira e Mano Menezes. Por mais que o treinador tente amenizar a situação, nenhuma outra seleção inicia o torneio mais pressionada do que o Brasil. A busca por uma medalha de ouro inédita, a presença de um time que deve ser a base da Copa do Mundo de 2014, a falta de resultados de Mano e a troca recente de presidente na CBF, tudo contribui para configurar o caráter decisivo da campanha que começa nesta quinta-feira (26) contra o Egito, às 19h45 (de Brasília), no Estádio Millenium, em Cardiff.

Mano Menezes assumiu a Seleção em 2010 depois do fiasco da Copa do Mundo com Dunga. Até a Copa América, optou por uma renovação gradual, preservando alguns símbolos da era anterior. O Brasil acabou derrotado na competição sul-americana e acumulou derrotas incontestáveis contra os grandes Argentina, França e Alemanha. As cobranças vieram e Mano iniciou uma nova fase em seu trabalho, conciliando a preparação para a Olimpíada com a Copa de 2014.

Se por um lado seu trabalho foi facilitado pelo fato de a base da Seleção olímpica ser praticamente a mesma da principal, por outro transforma a campanha em Londres como um indicador para o Mundial. Se ganhar ou tiver uma campanha convincente, o trabalho será considerado em seu curso natural. Se perder, aumentará as dúvidas em relação a uma geração talentosa e valorizada, mas que ainda carece de grandes testes antes de protagonizar uma Copa em casa.

Mas, além de tudo, Mano ficará marcado por mais um fracasso em grande competição. E desta vez em um torneio em que o Brasil dá grande importância por nunca ter ganhado. "Não podemos ser cobrado pelo que as gerações anteriores não ganharam", repetiu durante a semana. Porém, ele sabe que será cobrado pelo o que a sua geração não ganhar. Inclusive pelo seu chefe.

Se tinha respaldo com Ricardo Teixeira, Mano vive um período de incertezas com José Maria Marin. Por um lado, o presidente da CBF elogia o trabalho do técnico e a formação do time olímpico. Mas por outro evita bancar o treinador em caso de fracasso e afirma que avalia trabalho por resultados. Traduzido em um plano de metas, o ouro significará bônus e qualquer outra colocação ameaça de demissão.

Terra

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