O goleiro vem cantando o hino da Itália com muita emoção durante toda a Eurocopa
Chegou às mãos do treinador Cesare Prandelli, na manhã deste sábado, uma carta de felicitações escrita pelo presidente italiano Giorgio Napolitano em razão da campanha da seleção finalista da Eurocopa 2012. A decisão contra a Espanha ocorre às 15h45 (de Brasília) do domingo, em Kiev, e o assunto foi o mais comentado na véspera da partida na capital ucraniana. Prandelli e Buffon, por motivos distintos, disseram algumas palavras emocionadas pelo feito já atingido pela Itália no torneio.
"Passo essa carta para os jogadores com muita emoção. Foi uma demonstração fantástica de Napolitano conosco pela determinação, generosidade e espírito do time. Queria nos parabenizar por preencher nossa expectativa e de todo o país", disse o treinador. O presidente italiano também receberá o grupo, em Roma, na segunda-feira. "Honestamente fiquei muito emocionado. Isso nos traz mais confiança, aumenta a fé das pessoas", declarou.
A carta de Napolitano, com cinco parágrafos, felicita a seleção italiana pelas atuações na Eurocopa: "desejo agradecer pelas tão calorosas palavras de felicitação que me mandou - também em nome da seleção inteira - na ocasião do meu aniversário e no dia anterior à esplêndida vitória de Varsóvia", escreveu Napolitano, dirigindo-se ao treinador e citando a vitória por 2 a 1 sobre a Alemanha, na semifinal da Eurocopa, disputada na Polônia na última quinta-feira. O presidente completou 87 anos de idade nesta sexta.
Já o capitão Gianluigi Buffon foi questionado o porquê de sempre cantar o hino italiano sob uma inconfundível vibração e se lembrou dos familiares. "É verdade sim, canto com muita emoção. Para mim, jogar pela seleção italiana representa muito. É o país onde nasci e onde perdi dois avós, então canto também em reconhecimento a eles", afirmou o goleiro. Ele descreveu Napolitano como "um grande sujeito".
Confira a íntegra da carta de Giorgio Napolitano:
O que achei muito belo em todas as suas exibições na Eurocopa foi a harmonia entre "velhos" e "novos", o espírito de equipe, a determinação comum e generosidade.
Impossível fazer um ranking: não houve ninguém que não tenha dividido o empenho e o esforço, que não tenha dado o melhor de si. E ter criado aquele clima, ter unido toda a estrutura foi um ato de mérito.
Ao mesmo tempo apreciei muito a sobriedade e seriedade dos seus comentários (de Prandelli): o entendimento da importância dos resultados, sem retórica, sem triunfalismo, sabendo o quanto de caminho falta a ser percorrido. Mas talvez não seja este o discurso a ser feito para a Itália e para a seleção de futebol?
Exprimo a proximidade e transmito o meu encorajamento - a todos os rapazes - para o teste conclusivo de amanhã (domingo, na final contra a Espanha). Fiquei feliz de ter estado ao lado de vocês em Danzica (em 10 de junho), quando se tratava de superar o primeiro teste, de desmentir pessimismos fáceis, de mostrar que "a equipe existia", que os azzurri mais uma vez iriam ter honra em nome da Itália.
Terra
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