Por vitória em Copa, poloneses lançam camisa provocativa ao Brasil

Camisa faz referência à vitória da Polônia sobre o Brasil na disputa do terceiro lugar na Copa de 1974. Foto: Dassler Marques/Terra

Camisa faz referência à vitória da Polônia sobre o Brasil na disputa do terceiro lugar na Copa de 1974

A decisão de terceiro lugar da Copa do Mundo de 1974 pode não ter valido muito para os brasileiros, mas os poloneses recordam do feito até os dias de hoje. Em lojas oficiais da Adidas, fornecedora alemã oficial da Eurocopa, uma camisa em especial chama a atenção nas sedes polonesas. Ela tem os dizeres: "Polônia, melhor que o Brasil. 6 de julho de 1974". Está colocada com destaque nas vitrines e é possível comprá-la por 130 zlots (cerca de R$ 75).

"Sou fã da Seleção Brasileira, mas ela já não está mais tão boa quanto antes", reclama o vendedor Bartolomiej a respeito da Seleção. "Não há mais um grande jogador como Ronaldo, Rivaldo ou Romário", explica com uma argumentação que parece ser comum a vários poloneses. Ao ser questionado se conhece Neymar, o candidato a herdeiro desse trono, ele indiretamente concorda com Mano Menezes.

"Não acho ele tão bom quanto os outros. Ele precisa provar isso na Europa". Seu colega e também vendedor, Lucas, discorda. "Acho Neymar fantástico". Há alguns meses, Mano causou descontentamento na Vila Belmiro ao afirmar que o atacante santista deveria se transferir para o futebol internacional e assim evoluir contra adversários mais competitivos - além de ter menos compromissos comerciais. Nos amistosos recentes contra México e Argentina, Neymar foi discreto após brilhar contra os Estados Unidos.

Curiosamente, o treinador polonês Franciszek Smuda citou o Brasil em dois momentos de sua entrevista coletiva após o empate contra a Rússia, terça-feira, em Varsóvia. "Antes do jogo, disse a eles que não iríamos enfrentar extraterrestres e muito menos a Seleção Brasileira. Podemos vencer os russos", afirmou. Em seguida, voltou a mencionar: "creio que fizemos um grande jogo, evoluímos, mas nunca vamos jogar como o Brasil".

O jogo citado em camisa da Adidas ocorreu no extinto Estádio Olímpico, em Munique, e valia o terceiro lugar da Copa de 74. Entre os brasileiros, ficou marcado por ser o único em que atuou como titular o ídolo palmeirense Ademir da Guia, preterido por Zagallo durante todo aquele Mundial. Para os poloneses, é mais importante: Grzregorz Lato fez o gol isolado que o garantiu como artilheiro da competição e ainda deu aos poloneses seu melhor posicionamento na história das Copas.

Terra

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