Irregulares, Bayern e Chelsea fazem final improvável por redenção

Após temporada conturbada, o Chelsea renasceu sobre o comando do técnico Roberto di Matteo. Foto: Reuters

Após temporada conturbada, o Chelsea renasceu sobre o comando do técnico Roberto di Matteo

Um time terminou apenas na sexta colocação do Campeonato Inglês, demitiu o técnico no meio da temporada e esteve muito perto da eliminação nas oitavas de final da Liga dos Campeões. O outro sofreu derrotas incontestáveis para o mesmo rival doméstico nas duas principais competições da Alemanha. Com este retrospecto de altos e baixos, Chelsea e Bayern de Munique decidem a Liga dos Campeões neste sábado, às 15h45 (de Brasília), no Allianz Arena, em busca de redenção para uma temporada que, se encerrada com derrota, deixará saldo negativo.

O time inglês, conhecido por sua regularidade na era Abramovich, viveu em 2011/2012 sua temporada mais turbulenta. O técnico André Villas Boas foi demitido, a equipe acabou na pior colocação do Inglês em 10 temporadas (em 2001/2002 também foi sexto) e corre o risco de ficar fora da Liga dos Campeões depois de uma sequência de iguais anos.

A recuperação veio nas mãos do interino Roberto di Matteo. Nas oitavas de final da Liga dos Campeões, o Chelsea esteve à beira do desastre, mas reverteu uma desvantagem de 3 a 1 sofrida para o Napoli na Itália. A reviravolta no Stamford Bridge fez o time renascer a ponto de acabar com o favoritismo do Barcelona, conquistar a Copa da Inglaterra e ter a chance de transformar uma temporada horrível em inesquecível pela conquista de um título inédito.

"Nós tivemos uma temporada difícil, com muitas críticas, mas renascemos. Se ganharmos do Bayern, passaremos a ter uma temporada fantástica. Eu acho que somos um time muito bom", afirmou o atacante Didier Drogba, que pode deixar o clube após o término do contrato em junho.

A temporada do Bayern não esteve próxima do desastre total como a do oponente, mas em seu final configurou-se como negativa em caso de novo vice-campeonato. Os bávaros, que possuem o elenco mais badalado e estrelado do país, terminaram na segunda colocação tanto do Campeonato Alemão quanto da Copa da Alemanha. O algoz foi o mesmo: o Borussia Dortmund.

É verdade que os jogos decisivos ocorreram quando o Bayern estava focado na Liga dos Campeões, mas o fato é que os bávaros terminaram sem o título do Alemão por dois anos consecutivos pela primeira vez desde 1995/96. "Não pensamos mais nas derrotas para o Borussia", minimizou o lateral Lahm.

Toda a instabilidade demonstrada por Bayern e Chelsea, porém, será esquecida em caso de vitória neste sábado. Ainda mais pela perspectiva de domínio do Barcelona apontada por muitos amantes do futebol. Em resumo: Bayern e Chelsea realizam uma final que poucos, ou quase ninguém, poderia prever quando começaram as oitavas de final da Liga dos Campeões. Agora, quem vencer conseguirá redenção. Quem perder, contabilizará prejuízos.

Desfalques

As classificações dramáticas em cima de Barcelona e Real Madrid trouxeram muitos problemas para os finalistas. Ao todo, sete jogadores estão fora por conta de suspensões. Pelo Bayern, não jogam o zagueiro Holger Badstuber, o lateral David Alaba e o volante Luiz Gustavo. Já o Chelsea não poderá contar com os zagueiros John Terry e Branislav Ivanovic e os meio-campistas Ramires e Raul Meireles.

A situação mais crítica é da zaga do Chelsea. O técnico Roberto di Matteo escalará David Luiz e Gary Cahill, que voltam de contusão. Depois de uma semifinal em que jogou na retranca contra o Barcelona, a tendência é que o time inglês agrida mais. "Eu não acho que o Chelsea vai ser 'ultradefensivo' como contra o Barcelona", disse o técnico do Bayern Jupp Heynckes.

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