Murilo lamenta saída da Cimed do vôlei: "parceiro também destrói time"

Murilo compareceu a evento na noite de sexta-feira

Após o anúncio do término do Cimed/Florianópolis, o ponta Murilo Endres, do Sesi-SP, mostrou-se bastante chateado. O ídolo da Seleção Brasileira lamentou o rompimento da empresa com a prefeitura e pediu maior seriedade no investimento em equipes do vôlei no Brasil.

"Essa historia é muito triste. É difícil de entender como uma empresa simplesmente abandona depois de um tetracampeonato", comentou o jogador. A parceria teve início em 2005 e conquistou quatro títulos da Superliga Masculina.

"Nos dois últimos anos eles saíram nas quartas de final, mas acho que criou um vínculo com a cidade de Florianópolis, com os torcedores, com o próprio meio do voleibol. Como a gente vai disputar uma Superliga sem Florianópolis?", ponderou Murilo. "Espero que alguma empresa se solidarize com a perda da Cimed."

Segundo o atleta, os times de vôlei sofrem com a falta de investidores de ponta, mas não é possível adotar parcerias com equipes de futebol por conta de falhas na organização dos clubes.

"A gente não tem os mesmos moldes do futebol. É o Corinthians, é o Flamengo, independente de quem patrocina", afirmou. "Já a gente vive muito do patrocinador. O patrocinador cria um time e ele também destrói."

"Temos muitos problema (com clubes de futebol). Agora o Cruzeiro vem dando certo, é um clube muito sério. Mas Vasco, Flamengo, tanto no feminino, quanto no masculino, tem histórico de não pagar, de misturar o orçamento do vôlei com o futebol. É complicado", lamentou.

Após lamentar os exemplos de parcerias falhas, Murilo deu a receita para a evolução da modalidade no Brasil. "Acho que o vôlei tem de pegar empresas sérias, com investimento a longo prazo. É o caso da Medley, que tem um investimento bacana, e do Sesi-SP, que o (presidente Paulo) Scaff garantiu o investimento no time até 2016, enquanto ele durar o mandato dele", disse o atleta.

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