Treinador Gilson Kleina segue colhendo os frutos do enfático "não" ao Fluminense
Quando chegou à Ponte Preta, em janeiro de 2011, o técnico Gilson Kleina não imaginava que pudesse ser tão feliz como no atual momento. Treinador de 44 anos, mas bastante experiente, Kleina tem um currículo modesto, mas não menos importante. O treinador pontepretano está com o time na semifinal do Campeonato Paulista e, olhando para o passado, entende que fez a escolha certa. Kleina chegou a ser dado como certo no comando do Fluminense em abril de 2011, mas recusou o convite.
"Quantas coisas aconteceram depois daquele 'não'. Fico feliz por ter vencido junto com a Ponte Preta dentro do cenário nacional", relembra Kleina, ao citar o descarte de comandar o Fluminense, já que ficaria à frente do time até o retorno de Abel Braga, que estava em final de contrato com o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos. Aliás, Kleina foi auxiliar de Abel Braga em quatro times: Coritiba, Atlético-MG, Botafogo e Olympique de Marselha, da França.
Em um ano e meio na Ponte Preta, Kleina disputou três dérbis e, a exemplo de Oswaldo Alvarez, o Vadão, técnico do Guarani, ainda não foi derrotado no confronto entre Guarani e Ponte Preta. Nestas três partidas, o treinador pontepretano venceu duas vezes (2 a 0 2 e 3 a 0 pela Série B de 2011) e empatou somente uma (na primeira fase deste Paulistão, por 1 a 1).
Mais de Kleina
O primeiro trabalho de Kleina como treinador foi no Vila Nova, em 2002. Depois passou por Paraná Clube, Paysandu, Criciúma, Gama, Caxias, Ipatinga e Coruripe. Aliás, no time alagoano o treinador conquistou seu único título na carreira. Em 2006, Kleina levou o Coruripe ao título do Campeonato Alagoano.
O treinador despertou o interesse da Ponte Preta após a excelente campanha na Série B de 2010. Naquela ocasião, Kleina comandava o Duque de Caxias e o time carioca estava à beira do rebaixamento para a Série C. O treinador chegou ao clube e reorganizou o time, fazendo com que chegasse até mesmo a sonhar com o acesso à elite.
Já na Ponte Preta, Kleina optou por um trabalho de renovação e montou um elenco que passava desconfiança aos torcedores, mas que dentro de campo tinha o aval do comandante e da diretoria. Já no Paulista de 2011, Kleina levou o time às quartas de final, mas acabou sendo eliminado pelo Santos, que seria o campeão. No Torneio do Interior, a Ponte Preta foi vice-campeã, perdendo a final para o Oeste de Itápolis.
Mesmo assim, o melhor ainda estava por vir. Recusando a proposta de treinar o Fluminense, mesmo com salário três vezes maior do que ganhava na Ponte Preta, Kleina conseguiu conquistar o torcedor e, acima disso, a confiança de seu elenco. O grupo pontepretano se fechou em torno de um único objetivo: o acesso à elite.
No dia 19 de novembro, o objetivo estava alcançado graças a goleada sobre o ABC-RN, por 4 a 1, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. A Ponte Preta estava de volta à elite do futebol nacional. Os torcedores invadiram o campo e Kleina foi bastante cumprimentado, abraçado e ovacionado pelos apaixonados torcedores pontepretanos. Agora, Kleina segue colhendo os frutos daquele enfático "não" ao Fluminense.
Terra
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