Brasil volta a empatar com Noruega e aumenta expectativa por medalha

Brasil chegou a estar perdendo no final da partida, mas buscou o empate. Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia/Divulgação

Brasil chegou a estar perdendo no final da partida, mas buscou o empate

A Seleção Brasileira feminina de handebol encerrou neste sábado uma série de amistosos em Londres como parte da preparação para os Jogos Olímpicos com mais um importante resultado: assim como na quinta-feira, a equipe verde-amarela arrancou um empate por 25 a 25 com a Noruega, atual campeã mundial, no Olympic Park. A armadora Duda Amorim foi o destaque do jogo, com 11 gols.

As brasileiras, assim, deixam a capital britânica sem nenhuma derrota. A primeira partida contra a Grã-Bretanha, realizada na última terça-feira, terminou com vitória tranquila por 30 a 18, contra uma equipe muito mais fácil. Na seqüência, foram disputadas duas partidas contra a melhor seleção do mundo: empates por 29 a 29 e, desta vez, por 25 a 25.

"No primeiro jogo saímos com o gosto da derrota, porque levamos o gol de empate no último segundo", lembrou o técnico Morten Soubak ao comentar o placar de 29 a 29 na partida disputada na última quinta-feira.

Neste sábado, no entanto, a história foi diferente. As norueguesas souberam explorar seu melhor fundamento, o contra-ataque, e foram ligeiramente superiores durante parte do segundo amistoso. Faltando cinco minutos para o final, as campeãs do mundo abriram quatro gols de vantagem e pareciam caminhar para a vitória.

A Seleção Brasileira, porém, mudou a tática de jogo e conseguiu o empate a poucos segundos do encerramento. "Dessa vez saímos com o gosto da vitória", comemorou o treinador dinamarquês. Soubak se disse surpreso com o ritmo da equipe nacional, que não se reunia desde a conquista do quinto lugar no Mundial disputado em São Paulo no final do ano passado.

"Claro que fico contente com os resultados contra as atuais campeãs de tudo. Mas fomos mal em alguns fundamentos e agora precisamos voltar para casa e fazer alguns ajustes", avaliou. Ele ressaltou, contudo, que o Brasil tem chances de subir ao pódio em Londres. "É realista falar em medalha, sim. Mas tudo vai depender de quem serão nossas adversárias na primeira rodada", explicou.

Soubak, aliás, reforçou o alto nível técnico do torneio de handebol feminino em Londres - segundo ele, 11 dos 12 países participantes (embora nem todos estejam já definidos) terão chances de medalha - apenas a Grã-Bretanha apareceria um nível atrás.

"Acho que é a primeira vez que isso acontece na história do handebol, é difícil apontar favoritos. Agora, esses dois jogos aqui me mostraram que somos capazes. Superamos dificuldades, reagimos quando estávamos atrás e isso confirma que podemos ganhar".

Em 2008, a Seleção Brasileira também chegou à Olimpíada sonhando com a medalha inédita. Entretanto, o time acabou eliminado na primeira fase. Soubak acredita que o trauma na China está motivando suas atletas. "Elas querem muito avançar em Londres porque ainda guardam a decepção de sair prematuramente em Pequim. Ninguém quer que isso aconteça de novo e elas estão com o discurso de conseguir a classificação", comentou.

A ponta direita Alexandra, destaque da Seleção Brasileira, também mantém discurso semelhante. "Aprendemos muito no Mundial em São Paulo e agora chegamos a Londres com os pés no chão. Degrau por degrau. Estamos conscientes que se fizermos as coisas direito e formos objetivas temos chances de medalha, sim. É possível".

Copper Box

Os jogos da Seleção Brasileira foram realizadas na mesma quadra onde serão disputadas as partidas olímpicas até as quartas de final. Batizada de Copper Box (Caixa de Cobre, em tradução livre), a arena foi concluída em maio de 2011 e tem capacidade total de 7 mil pessoas.

Alexandra gostou do que viu e ressaltou a importância de visitar o ginásio durante a fase de preparação. "A gente conseguiu matar a ansiedade natural do primeiro jogo na Olimpíada. Porque, quando voltarmos, já teremos conhecido a arena, a quadra, os vestiários e o centro de treinamento. Então, tudo isso ajuda", explica.

"O piso também está no ponto certo, nem muito duro, nem muito macio. A distância da quadra para a torcida também é perfeita. Está tudo adequado, a estrutura é maravilhosa", concluiu a camisa 3.

Comentários