Fazendo algumas reformulações, Santos preferiu não renovar com Martelotte para 2012
Marcelo Martelotte segurou as chamadas "buchas" em 2010 e 2011, quase sempre após quedas de treinadores, em momentos cruciais para o Santos na temporada. Mesmo assim, não teve o contrato renovado para o próximo ano sob alegação de "reformulação". O ex-auxiliar recebeu de Nei Pandolfo, gerente de futebol que indicou ao Santos, a certeza de que não continuaria no clube.
"Não iniciamos a conversa com relação a renovação. O clube não quis contar com o meu trabalho, mas não entro no mérito do motivo. O Nei foi quem me comunicou, estava bastante constrangido, mas faz parte da função dele", disse Martelotte ao Terra.
A não permanência do auxiliar respalda ainda mais Muricy Ramalho e a sua comissão técnica. Martelotte, então membro fixo da comissão santista, havia trabalhado com outros treinadores e sempre foi a sombra imediata nas saídas dos treinadores. Muricy Ramalho ganhou moral com os dois títulos em menos de um ano e renovou, pouco antes do Mundial de Clubes, até o fim de 2012.
"Fizemos o planejamento para 2012 e trocamos alguns personagens. É natural que alguns fiquem e outros saiam. O Marcelo veio com o Dorival como auxiliar, prestou bons serviços, assumiu a condição de técnico pontual, mas a vida continua. Estamos reformulando algumas coisas. O contrato foi honrado até o último momento", concluiu Luis Álvaro Ribeiro, presidente do Santos.
Antes do acerto com Adilson, no fim de 2010, jogadores chegaram a acenar positivamente para a efetivação do então interino para 2011. Adilson começou os trabalhos no início de janeiro e foi demitido no fim de fevereiro. Para a função de Martelotte, Marcelo Fernandes, ex-zagueiro do próprio clube na década de 90 que realizava estágio com Muricy, deve ser o escolhido.
Veja os principais "incêndios" apagados por Martelotte:
22/09/2010 - Martelotte assume na véspera do clássico contra o Corinthians e em meio a maior crise do clube na temporada, que culminou com a demissão do técnico Dorival Júnior. O motivo para a queda do treinador foi o veto de Neymar da partida. Dorival, motivado pelos xingamentos que recebeu do atacante no jogo diante do Atlético-GO, resolveu prolongar o afastamento do atacante e acabou em desacordo com a diretoria. Com Martelotte, Santos perdeu por 3 a 2.
28/02/2011 - Após ficar como interino até o fim de 2010, Martelotte reassume o time novamente em momento conturbado. No retorno, empate por 1 a 1 contra o Cerro-PAR, na Vila Belmiro, pela Libertadores, e chances de classificação mais remotas.
05/04/2011 - Santos acerta a vinda de Muricy Ramalho, mas para o decisivo jogo na Vila contra o Colo Colo-CHI o time seria mais uma vez comandado pelo interino. Se perdesse, Santos estaria fora já na primeira fase da Libertadores e em caso de empate ficaria em situação delicada no grupo. Com Muricy nos camarotes e Martelotte no campo, venceu por 3 a 2.
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