"Estamos cientes de que as francesas são muito fortes", admitiu Alexandra
Se quiser sonhar com um desempenho histórico no Campeonato Mundial feminino de handebol, a Seleção Brasileira terá nesta terça-feira sua primeira grande prova na competição. Depois de bater Cuba e Japão, teoricamente mais fáceis, a equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak enfrenta às 19h45 (de Brasília), no Ginásio do Ibirapuera, a poderosa equipe da França, principal força do Grupo C e candidata a uma grande campanha no torneio realizado em São Paulo.
Assim como o Brasil, a França soma quatro pontos na chave, com duas vitórias, e está muito perto de se garantir antecipadamente às oitavas de final do Mundial. Para o time verde-amarelo, um resultado positivo pode assegurar mais do que a vaga para a próxima fase: seria uma afirmação no torneio e uma maneira de colocar medo nos adversários. Já as francesas entram em quadra dispostas a ratificar o status de favoritas.
Caso vença as francesas, a Seleção teria grande oportunidade de buscar a liderança do Grupo C - o que significaria enfrentar nas oitavas de final o time quarto colocado do D, provavelmente a Argentina. A derrota não abalaria o sonho de qualificação brasileiro, mas poderia colocar a equipe de Soubak em rota de colisão com um país europeu - e muito mais forte: Suécia, Dinamarca ou Croácia. Assim, uma vaga nas quartas de final e ficaria mais difícil, assim como a tentativa de buscar a melhor classificação em um Mundial - até hoje, o sétimo lugar de 2005.
No entanto, Soubak não esconde a dificuldade que será a partida desta terça-feira. Mas o dinamarquês, que não se cansa de estudar os esquemas táticos utilizados pelo técnico Olivier Krumbholz na França, trata de mostrar total confiança na equipe que comanda.
"A França assusta todo mundo", disse Soubak depois da vitória do Brasil por 32 a 24 sobre o Japão nesta segunda. "Meu laptop está cheio de gravações dos jogos da seleção francesa e sabemos muito bem o que vamos encontrar. O jogo vai ser muito duro, mas estamos preparados para este desafio", acrescentou.
O técnico do Brasil não poupou elogios ao falar do poderio físico da equipe francesa, mas os estilos parecidos dos dois elencos pode ser um fator favorável às anfitriãs. "Eu sei que fisicamente a França é um dos melhores times, mas estou contente porque temos um físico competitivo e uma maneira parecida de jogar. Será diferente do Japão, vamos ver", prosseguiu.
A ponta Alexandra, por sua vez, deixou clara a arma que o Brasil usará contra a França: o foco - algo que, aliás, tem faltado um pouco à Seleção, vítima de uma ligeira ansiedade que vem atrapalhando o setor ofensivo do time. "As francesas são muito fortes. Não sei como vamos fazer ainda, mas o nosso objetivo é ser um time com 50 minutos de concentração", comentou a jogadora, terceira artilheira do Mundial com 14 gols.
Por sua vez, a França está igualmente cautelosa e prevê um duelo complicado com a equipe dona da casa. A goleira Cleopatre Darleux que o diga. "O Brasil é um time muito difícil, ainda mais jogando em casa. E a equipe delas já mostrou ter um ataque poderoso e grandes goleiras", destacou a camisa 16.
França e Brasil medirão forças às 19h45 (de Brasília), fechando a terceira rodada do Grupo C no Ibirapuera. Antes, o dia na arena paulistana será aberto pelo encontro entre Tunísia e Cuba, às 15h e ainda receberá a partida entre Romênia e Japão.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!