Bolt sobra e conquista bi mundial nos 200 m; brasileiro é sexto

 . Foto: AFP

Usain Bolt conquistou o ouro nos 200 m e amenizou a frustração pela eliminação nos 100 m

Uma semana depois de ter frustrado o mundo ao queimar a largada dos 100 m, o jamaicano Usain Bolt mostrou que segue em forma ao conquistar o título dos 200 m no 13º Mundial de Atletismo, em Daegu, na Coreia do Sul. Para levar o bicampeonato mundial da prova, Bolt cravou o tempo de 19s40, 21 centésimos acima de seu recorde mundial de 19s19, conquistado há dois anos em Berlim. Na mesma prova deste sábado, o brasileiro Bruno de Barros terminou em sexto lugar, ao cravar 20s31.

Além de levar o ouro, Bolt cravou a melhor marca do ano na prova. A prata dos 200 m ficou com o americano Walter Dix, com 19s70, seguido pelo francês Christophe Lemaitre, com 19s80.

Depois de ficar inconformado com a eliminação nos 100 m por ter queimado a largada, Bolt manteve a irreverência característica nas eliminatórias e na semifinal dos 200 m. Já neste sábado, antes da final, o jamaicano apontou para as câmeras e tentou mostrar bom humor, mas parecia apresentar um semblante um pouco mais tenso do que o de costume.

Contudo, foi só a prova começar para Bolt relaxar e mostrar que está muito acima dos outros competidores, correndo para o ouro sem dificuldades. Com o primeiro lugar garantido, o jamaicano bateu no peito e fez sua comemoração característica, inclinando o corpo e apontando com os dois braços para o alto. Em seguida, levou a torcida ao delírio ao correr de um lado para o outro dos fotógrafos que tentavam registrar mais um momento de glória do atleta.

Bolt tem no currículo os recordes mundiais dos 100 m e 200 m, conquistados há dois anos em Berlim. Na chegada a Daegu, porém, ele já afirmava que não tinha a intenção de fazer um novo recorde mundial, querendo apenas garantir medalhas de ouro.

"Ele (Bolt) é muito acima da média", disse Bruno de Barros, que levou o Brasil a disputar uma final dos 200 m após se passarem 12 anos da conquista da medalha de prata de Claudinei Quirino em 1999. Dois anos antes Quirino havia levado outra prata em Atenas. Em Daegu, na semifinal, o Brasil ainda teve a desclassificação de Sandro Viana, que queimou a largada.

Balanço positivo e esperança no 4x100

Bruno de Barros afirmou que poderia ter apresentado um desempenho melhor na prova deste sábado, mas, mesmo assim, está satisfeito com sua participação em Daegu até o momento.

"Larguei mal, mas não tem desculpa. Quem achou que seria uma prova fácil se enganou, pois quatro atletas correram abaixo dos 20s", argumentou Bruno, feliz por levar o Brasil a uma final da prova depois de 12 anos. O atleta acredita ainda que o País pode lutar por uma medalha no revezamento 4x100 m.

"Agora, precisamos nos concentrar para a final do revezamento 4x100, já que nessa prova temos chances reais de medalha", disse Bruno, que irá fechar o revezamento - Diego Cavalcante, Sandro Viana e Nílson André completam a equipe verde e amarela.

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