Em 2010, Ferrari "pediu" a Massa que desse vitória a Alonso em Hockenheim
Era 25 de julho de 2010. Na 49ª volta da prova, disputada em Hockenheim, o então líder Massa recebeu a comunicação via rádio de seu engenheiro de prova, Rob Smedley. De forma pausada, Smedley insinuou: "OK. Então... Fernando está mais rápido que você. Pode confirmar que compreendeu esta mensagem?"
A "compreensão" não tardou, e Massa acabou sendo ultrapassado por Alonso, ficando com o segundo lugar. A Ferrari tratou o assunto de forma política, mas o brasileiro não escondeu seu descontentamento na entrevista coletiva após a corrida. Pior: o "Fernando is faster than you" passaria a perseguir o piloto paulista.
Desde então, os resultados alcançados por Massa na Ferrari não são dos melhores. Ele, que não vence uma prova desde 2008, jamais repetiu nem sequer o segundo lugar. Em 2011, vítima do fraco começo de temporada do time italiano, o brasileiro não subiu ao pódio. E mais uma vez, o brasileiro já viu sua vaga na Ferrari questionada pela imprensa europeia.
No entanto, o capítulo desgostoso escrito pela Ferrari na história do automobilismo - e até mesmo do esporte - acabou recebendo mais tarde uma "resposta moral" da Red Bull. O jogo de equipe, que privilegiaria Alonso na disputa pelo campeonato, foi vencido pela disputa aberta na equipe austríaca: candidatíssimo ao título até então, o australiano Mark Webber foi superado pela arrancada do alemão Sebastian Vettel no final da temporada.
Muito provavelmente, Massa não subiria de novo ao pódio neste domingo, 24 de julho, em Nurburgring. Na penúltima volta, era quarto colocado, atrás Webber e à frente de Vettel. Mas quando entrou nos boxes com o alemão, viu um mecânico de sua equipe perder a porca que prenderia sua roda ao eixo. E sua quarta colocação virou um quinto lugar, atrás da dupla da Red Bull.
Desta vez, não foi uma estratégia de equipe que prejudicou a Ferrari. Mas passados exatos 364 dias entre os dois incidentes, a equipe italiana mostrou que segue cometendo erros vitais durante as provas - e mais uma vez, quem pagou o pato foi Felipe Massa.
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