Após 23 anos, Ben Johnson denuncia sabotagem em escândalo de doping

 . Foto: Getty Images

Jonhson vence prova dos 100m nas Olímpíadas de Seul 1988

Ben Johnson, o mais célebre vilão da história dos Jogos Olímpicos, voltou à mídia para recontar a história do caso de doping que, há 23 anos, impediu que o canadense se consagrasse como campeão dos 100m rasos, prova mais nobre do programa olímpico, nos jogos de Seul 1988. Johnson, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, repercutiu informações publicadas no livro Seoul to Soul, no qual o ex-velocista afirma que sua punição por doping teria sido fruto de uma sabotagem. Um dos braços direitos de seu grande rival Carl Lewis, Andre Jackson, conta Johnson, teria estado presente à sala de exame antidoping, espaço normalmente exclusivo a médicos e atletas. "Ele abria a cerveja com uma mão e depois me servia a cerveja. Eu fiquei umas seis horas bebendo cerveja, todas servidas por Jackson", diz Jonhson, que acredita que o membro do staff rival teria colocado pílulas de anabolizante na cerveja.

"Como muitos atletas, parte do meu programa de treinamento era o uso de esteroides. Eu sempre fui muito cuidadoso", conta Johnson, que reconhece ter feito uso constante drogas desde 1981. "Imagina minha surpresa quando fui pego justamente nos Jogos Olímpicos", prossegue o ex-velocista, que afirma que todos seus concorrentes faziam também uso de substâncias ilegais. "Era regra entre os velocistas; para ser alguém era preciso se dopar". Carl Lewis, que herdou o ouro de Johnson, nunca foi pego no doping enquanto competia. Anos depois, o americano chegou a ser acusado de se drogar, mas nada ficou provado.

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