Ministro britânico pede suspensão de eleição a presidente da Fifa

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, desembarcou nesta quinta-feira no aeroporto de Doha, para sua primeira visita oficial ao Catar desde que o país .... Foto: Reuters

Candidatos à presidência da Fifa, Bin Hammam e Blatter são acausados de corrupção

O ministro dos Esportes do Reino Unido, Hugh Robertson, pediu a suspensão das eleições a presidente da Fifa devido ao escândalo de corrupção que, segundo ele, transformou a campanha em "uma farsa".

"A campanha para a eleição presidencial se degradou a uma farsa. Com os dois candidatos acusados de corrupção, tudo indica que a eleição deveria ser suspensa", opinou Hugh Robertson, que pediu transparência nos organismos desportivos.

O suíço Joseph Blatter, atual presidente da Fifa e candidato à reeleição, e o catariano Mohammed Bin Hammam, que também concorre ao cargo, terão de dar explicações ao Comitê Ético da entidade neste domingo, apenas três dias antes da eleição, prevista para o dia 1º de junho.

Na última quarta-feira, a Fifa anunciou que seu Comitê Ético havia aberto um procedimento disciplinar para investigar a suspeita de violação do Código Ético por parte do vice-presidente Jack Warner e de Mohammed Bin Hammam.

Dois dias depois, uma denúncia apresentada por Mohammed Bin Hammam, membro do Comitê Executivo da Fifa e rival de Blatter nesta campanha eleitoral, obrigou a abertura de outro procedimento disciplinar, neste caso contra o atual presidente.

Segundo o ministro dos Esportes do Reino Unido, "deve haver uma mudança pelo bem do mundo do futebol" e, para isso, fez uma comparação com o novo regulamento adotado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) após o escândalo de subornos nos Jogos de Inverno de Salt Lake City, em 1999.

"A Fifa precisa urgentemente de uma reforma, igual à que o COI fez após Salt Lake City", advertiu o ministro britânico.

O escândalo de 12 anos atrás veio à tona quando se descobriu que a candidatura de Salt Lake City para os Jogos de Inverno de 2002 tinha destinado US$ 1 milhão em privilégios a membros do COI e suas famílias como favorecimento.

"Não vejo como se vai desenvolver um processo de eleição com ambos os candidatos acusados de corrupção. Seria um processo sem sentido", disse Robertson.< p> "Há um desejo de tentar, trabalhar e mudar a Fifa de dentro. Se a Fifa demonstra que é incapaz de fazer isso, então me atreveria a dizer que todas as opções são possíveis", declarou Robertson à emissora britânica BBC.

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