São-paulino troca nome e reacende passado de mudanças no clube

Depois de nove jogos no time principal do São Paulo, o jovem Marcelinho decidiu ser chamado pelo nome de batismo: Lucas. A decisão, anunciada nesta quarta-feira, ganhou contornos de polêmica, mereceu uma espécie de reapresentação do atacante e reacendeu um passado de mudanças de nome no clube.

Em 2006, o meia Chumbinho mudou, por imposição da diretoria do clube, seu nome para Da Silva. Em seu site oficial, o São Paulo raramente inclui Paraíba para se referir ao meia Carlinhos, prática que também era adotada com Marcelinho Paraíba, hoje no Sport. Lucas, nesta quinta, disse que já havia sido aconselhado a evitar o apelido que remete ao Corinthians.

"A direção comentava (sobre trocar de nome), mas nada muito certo. Tentavam mudar às vezes e não conseguiam", disse Lucas, que afirma ser o único responsável pela alteração. "Vi que realmente não ficava muito bem e não tenho nada de Marcelo no meu nome. Quando eu subi para o profissional, minha preocupação era jogar, me firmar. Na base, não ligava para isso", afirmou o atacante.

Até o ano passado Lucas atuava no Corinthians, de onde saiu para jogar no São Paulo. Na guerra entre as duas direções, a perda do então Marcelinho é considerado pelos corintianos um episódio marcante. "Ter o nome de um ídolo corintiano me incomodava um pouco. Não queria ser comparado a ele", conta o jogador.

Empresário de Lucas, Wagner Ribeiro disse ao Terra que o nome Marcelinho incomodava os dirigentes. "No começo, ficaram um pouco assim por causa disso. O Marco Aurélio Cunha, se não me engano, fazia brincadeiras para ele mudar", afirmou.

O próprio Wagner, recentemente, teve sua conduta controlada pelo São Paulo. Por conta de críticas no Twitter ao não aproveitamento de Lucas no time profissional, o agente recebeu uma carta da direção pedindo moderações em seus comentários.

Para Miranda, zagueiro do São Paulo, Lucas foi bem ao deixar Marcelinho para trás. "Acho que fez o certo. Para evitar comparações, está começando e tem um estilo próprio. É importante ter sua identidade", aprovou.

Vice de futebol são-paulino, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, entregou uma camisa ao jovem dizendo se tratar de um reforço para o elenco. "Vou apresentar esse novo craque", brincou. Segundo ele, a troca de nome teve aprovação do presidente Juvenal Juvêncio.

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