Runco nega briga com fisioterapeuta e fala de futuro na Seleção

Runco explica a lesão de Elano, as preocupações médicas para o tratamento do atleta e a expectativa de recuperação, ainda indefinida Foto: AFP

Médico não vê problemas em deixar a Seleção

"Tudo não passou de uma grande mentira". O desabafo é do médico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, José Luiz Runco, sobre um suposto desentendimento com o fisioterapeuta Luiz Rosan durante a competição na África do Sul.

A pretensa desavença teria ocorrido durante o tratamento e a recuperação do meia Elano, que levou uma pancada na perna no segundo jogo do Brasil na Copa, contra a Costa do Marfim, e ficou de fora do restante do Mundial. Runco assegura que não houve choque de opiniões no tratamento do jogador.

"Digo isso com muita tranquilidade", afirmou o médico, que trabalha também no Flamengo. "Somos grandes amigos e nos falamos essa semana sobre questões médicas".

Com 12 anos de serviços prestados à Seleção Brasileira, Runco lembrou que as funções dos dois profissionais na delegação eram distintas, embora complementares. "Meu papel é analisar e diagnosticar o problema. Cabe ao fisiologista e ao fisioterapeuta tratar e cuidar. Apenas isso", frisou.

Para o médico, a suposta confusão tinha como objetivo tumultuar a Seleção e criar um fato novo, mesmo que mentiroso. "Alguém quis criar uma novidade, mas deu um tiro na água. Nos damos muito bem e nos respeitamos", afirmou, referindo-se a Rosan.

Runco disse ainda que não sabe qual o seu futuro na Seleção, apesar de o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ter anunciado no site oficial da entidade que toda a comissão técnica estava destituída após a derrota para a Holanda nas quartas de final da Copa.

O médico do Flamengo destacou que não tem vínculo com a entidade e que sempre estará disponível para contribuir com o Brasil. "Não sou funcionário e não tenho vínculo. O que sei é o comunicado. Não recebi nada além disso", afirmou.

Em Copas anteriores, a comissão técnica foi demitida após derrotas, mas profissionais experientes que trabalhavam na chamada "retaguarda" da Seleção costumavam ser preservados. "Entendo perfeitamente a situação e a posição do presidente", minimizou Runco. "Não tem mágoa ou rusga. Não sei o que vai acontecer, mas se tiver que sair, saio".

Comentários